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Cronicas-->Eleições: Coisa Confusa -- 09/10/2002 - 11:27 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dia de votação, onde todo mundo se sente vigiado pelas forças armadas e desarmadas. Entrar na fila, com uma idéia na cabeça e outro na cola. No anfiteatro da votação, todo mundo olha desconfiado para outro. Parece que algum inimigo se aproxima. A fila não anda e todo mundo cochicha. Fala-se sobre o dia quente ou frio, da mulher do próximo, do Flamengo perdendo todas, até do coitado do Fernandinho Beira-Mar que estava com muito calor. Tudo, menos política. Chega sua vez e os mesários olham você com desconfiança. Todo mundo tem medo de todo mundo. E se for um assassino votando?. Todo mundo olha prá você. Até que, finalmente, mandam você votar. Você vai torcendo prá máquina funcionar. Finalmente você votou. Ora de tomar um chopinho. Mas não se pode beber até meia-noite.

VOTO A DESCOBERTO - Deveria ser proibido por lei, mas os homens que as fazem não querem tocar neste assunto. José Serra foi votar e todo mundo já sabia do voto dele. Só não souberam explicar prá ele que, para vice-presidente, não se votava. Com toda autoridade que tem. Ele se dirigiu aos mesários e reclamou do fato. Os mesários explicaram que uma coisa leva à outra, que votando prá presidente, está se votando automaticamente para vice. Serra ainda perguntou se podia votar em Fernando Henrique, seu grande amigo, patrocinador da campanha, com metade do dinheiro do povo, pois queria prestar uma homenagem à ilustre figura do cenário Brasil-Paris.

FÁCIL, FACIL - Na Bahia é o lugar mais fácil de votar. António Carlos Guimarães é dono, além da cidade, de todas as urnas. Lá a votação funciona assim. António Carlos Guimarães vai prá sua fazenda descansar enquanto deixa um auxiliar na cidade que tem a missão de votar por todo mundo. A população ainda comemorava o Carnaval, enquanto aquele pobre homem ia de urna em urna e perguntava ao mesário: - quantos votam aqui? - 300 dizia o mesário. - Então toma os 300 votos. Se sobrar algum, vota prá algum adversário prá disfarçar. Foi realmete as eleições mais calmas do Brasil.

FERNANDINHO - Foi votar e já foi dizendo que tudo transcorria na mais absoluta calma. "Estamos dando uma prova de civilidade. Em Paris também é igual". Um repórter caiu na besteira de perguntar se Serra era culpado do surto de dengue. O presidente amarrou a cara e replicou. Vocês jornalistas deviam saber perguntar e não querer depreciar meu amigo. O que realmente ocorreu foi que a quantidade foi imensa de dengue para um homem só controlar. Ele para provar que era igual a todos os brasileiros se inoculou com o virus da dengue, prá provar,mais uma vez que era igual a todo povo". Perguntado em quem ia votar FHC disse que não podia revelar seu voto, pois era demais decreto. No final foi apludido por todos os guarda-costas.

A APURAÇÃO - Desta vez o TRE furou com o horário. A única boca-de-urna que eu vi às 17h - hora prevista para a divulgação - foi a boca do Faustão falando aquela monte de bobagem que lhe é bem característico. Na Record Boris e Salete enrolaram como puderam, mas nada da boca-de-urna sair. Boris convidou Salete para jantar. Salete concordou. Os dois pegaram um dos 400 helicópteros Record e foram jantar, enquanto a prévia não saia.
Voltei prá Globo e ela estava passando um negócio meio tétrico chamado Video-Cassetadas - quadro que deprime até o mais sério dos padres. Tentei algumas rádios, mas o quadro era o mesmo. Como não havia futebol naquele dia as rádios repassaram o pedido de Romário feito à Felipão para ser convocado. Romário chorava e disse que ia se vingar. E se vingou: bateu num próprio companheiro de equipe durante um jogo.

O FIM - Como nada aconteceu até às 10h da noite, esperamos até meia-noite, quando todos os bares do Brasil abriram e enchemos a cara. No final quando voltávamos dos Jardins, fomos - e mais 3 amigos - sequestrados por uma equipe altamente especializada neste assunto e fomos levados para um cativeiro-favela. Lá não tinha rádio nem televisão. Ficamos 4 dias no cativeiro até que uma denúncia anónima levou os policiais do AGARRA ao local e nos libertou. A primeira coisa que perguntei ao policial foi quem tinha ganho as eleições. E ele respondeu:"Correto, senhor, de fato ocorreu uma 78900 em toda cidade. Perfeito senhor, fomos todos acionados dentro do registro 65 parágrafo 17."Mas quem ganhou? . E ele: Infelizmente não podemos questionar essa positividade. Temos ordens do capitão a não dar declarações, segundo o disposito 34".
Fui dormir.

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