Um toque de Infidelidade
Os acontecimentos esperados do cotidiano, trazem as perspectivas que esperamos ou nos esperam para nossos pensamentos; absortos ou não, em consequência do que queremos e podemos, contra o que nos impõem as circunstâncias e vontades de outrem.
Recebemos pressões de todos os lados, influindo diretamente naquilo que somos; se não estivermos preparados para afastar o que não queremos, ou simplesmente "deletarmos" com certa classe, se condições mentais e momentâneas as permitir, certamente seremos marionetes de outras vontades ou cairemos no que podemos chamar "erro essêncial",o que não nos trará alegrias ou bem estar.
Quando amamos,gostamos ou estamos simplesmente apaixonados por alguém ou situação,esperamos as respostas conforme nossas vontades ou dentro das perspectivas razoaveis,de nós e dos outros.Mas se ao contrário,nossas expectativas se vêem frustradas por que queremos e não temos ou ainda,por não fazermos por merecer pelo que plantamos de bom ou ruim, e a colheita não foi a esperada,a tendência é a fuga.
Que lugar poderemos ir para fugir daquilo que fizemos conscientemente, por revanche ou pelo erro essêncial?
Se a resposta é nenhum lugar, é sinal que estamos crescendo como seres humanos;.Ao contrário, se existe este lugar, em algum lugar físico ou mental,certamente é num hospício essêncial.
Existe uma história ( H de verdadeira)curiosa, que narra o seguinte: Dois afamados profissionais de saúde, muito cansados pelo trabalho "estafante", foram para um "Spa" dar uma descansada na mente.
Passeando pelos jardins floridos do "Spa", o mais velho voltou-se para o mais novo e sentenciou:"Sou Napoleão Bonaparte".
Espantado com aquela atitude inesperada do colega, o mais novo retrucou:"...quem lhe disse isso?...", no que o mais velho respondeu: "Deus".
Imediatamente o mais novo voltou-se para o mais velho e finalizou: "Quem?...EU?"
Existem situações que realmente não lembramos do que queremos ,fazemos ou dissemos, mas será isto a nossa verdade ou a verdade que queremos que os outros pensem.
Sabemos muito bem o que fazemos e o porque o fazemos.Nada nos impede de sermos como somos.
Para sermos verdadeiros conosco, antes de mais nada,precisamos saber a qual verdade nos referimos.
No dia a dia, quase que instintivamente,às vezes intuitivamente,muitos mentem primeiro para si e depois ao outro,com atos,pensamentos e palavras, com a intenção clara de fazer crer que somos vítimas pelo erro ou vontade do outro,mas perdido continuará se não decidir o que realmente quer,e verdadeiramente,lutar com as forças e capacidades daquilo que temos de melhor,nosso discernimento do que é certo ou errado.
A vocês que erram colocando o seu erro nas atitudes do outro, ATENÇÃO!
PECAR é ser omisso consigo e com seu compromisso assumido conscientemente.
Julgar cabe a nossa consciência e razão.
Aos que traem e são traídos, um recado bobo:
Se fizer a outro, é a si que retornará.
J.Ricardo
novembro de 2002.
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