As salas de bate-papo sempre exerceram um verdadeiro fascínio sobre os internautas, principalmente os principiantes. Não há quem não tenha entrado em alguma, pelo menos por curiosidade, para ver o que acontece ou teclar e conhecer novas pessoas. Nelas, podemos extravasar o que está verdadeiramente no nosso íntimo e mostrar o que somos realmente ou ainda fingir o que não somos e gostaríamos de ser, sempre protegidos pelo anonimato de um nick.
Algumas pessoas conseguem muita felicidade ao encontrarem um parceiro ou parceira em que a sinceridade e afinidade são os motivos principais do convívio diário, outras no entanto, por não entenderem o verdadeiro sentido do contato virtual, mergulham e levam o parceiro para o inferno. Estas, motivadas pelo excesso de fantasias, desfilam um rosário de mentiras sobre sua própria pessoa e depois se vêem impossibilitadas de encontrar pessoalmente aquele ou aquela que de amigo(a) internauta passou a ser o amor virtual. Nesse caso, a maioria sem saber exatamente o que fazer, opta pelo simples desaparecimento sem explicações, deixando o outro sòzinho , perdido no espaço, desesperado e com a terrível sensação de ter perdido um pedaço de si mesmo ou de sua vida.
Mas, nem tudo é tristeza nos labirintos da Net. O mundo das salinhas guarda situações bem sucedidas e de grande beleza, como o relato adiante, de Ricardo, um carioca quarentão que após algumas amizades encontrou Marise, sua grande companheira das noites e madrugadas, ficando os dois logo apaixonada e secretamente envolvidos, numa incrível e fascinante história de amor virtual.
(continua no Capítulo I)
e-mail do autor:
luizthimoteo@hotmail.com
|
