DISTANCIA
Quando estás longe
Te invento,
Quando perto
Me inquieto,
Teu tempo não tem ponteiro
Nem paradeiro,
Insisto em escrever teu roteiro
Te quero do meu jeito
Esqueço que já nascestes feito
Quando partes,
Renasces,
Te faço poeta
Um ser quase etéreo,
A flutuar efêmero e belo
Quase delicado,
Sempre ao meu lado
Entre rosas, lírios e lagos
Quando perto
Te tenho deserto
Todo amplitude e mistério,
Num instante sério,
No outro, moleque
Teu olhar distante tem rumo incerto
A emoção que dele brilha
Tem um ranço de amargura
É resto que trouxestes da rua
Não te quero
Nem perto nem longe,
Prefiro te sonhar horizonte
Infinito enquanto belo
Pequeno quando perto
MORGANA
Rio de Janeiro, março/2003
Rio de Janeiro, 26/03/03
RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
|