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Cronicas-->Aline -- 11/10/2002 - 15:41 (Valéria Tarelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
_ COMO VOCÊ DIVIDE O SEU AMOR POR QUATRO FILHOS?
_ EU NÃO DIVIDO, EU MULTIPLICO!

(a.d.)

ALINE

Compreendo minha missão neste mundo quando olho para meus quatro filhos. Eles são tão diferentes quanto os dedos de minha mão, mas os amo sem distinção.
Amo o jeito irreverente e cativante de minha primeira filha, Aline. Tem dezenove anos, mas a criança em si fala mais alto. Vive cercada de amigos e a vida, para ela, é , literalmente, uma "balada". Sua aparência??? Impossível descrever, já que é uma camaleoa. Já teve seus dias de clubber, cabelo "azul-cheguei", piercing na orelha, umbigo e língua. Este último só descobri por acaso, após um mês que havia transpassado a língua com aquele objeto gigantesco. Me dói na alma só de imaginar como uma criatura, em sã consciência, se permite tantos furos em nome de modismos, mas, enfim, "cada louco com sua mania". Graças ao seu espírito volúvel, o cabelo "azul-mamãe não me perca no escuro" voltou ao louro natural (até Deus sabe quando). Os piercings permanecem, como indício de que, a qualquer momento, posso ser surpreendida com um novo furo, sabe-se lá onde.
Já brigamos muito, coisas de mãe e filha, mas não houve briga que nos mantivesse afastadas, pelo contrário, estou certa que essas "farpas" serviram para nos aproximar, pois, faça amor ou faça guerra, o faça em nome de um bem maior: a felicidade de quem amamos. E assim fiz, assim ela compreendeu e eu também aprendi com ela que nem sempre os pais têm razão.
Somos muito parecidas, talvez, por isso, os atritos. Talvez, justamente por isso, a compreensão.
Essa minha garotinha, a bonequinha loura, de grandes olhos azuis que ganhei aos 21 anos é assim, irreverente, o que não significa ser má pessoa. Tem um coração de ouro e do tamanho do mundo. Distribui amor por onde passa e quem a conhece, não esquece jamais. É capaz de passar as tardes visitando um tio-avó, que só tem a nós como único laço familiar, apenas para que não se sinta sozinho. Sempre que pode, lá vai ela com seu jeito "menina maluquinha" distribuir um pouco de alegria ao tio idoso, adoentado e deprimido com os pensamentos funestos que rondam sua mente. E não é assim, amorosa, só com parentes, onde quer que tenha alguém necessitando de carinho, ela dá o ar de sua graça. Minha mãe também era assim, tirava de si para distribuir aos outros.
Impossível falar de Aline sem me reportar à minha mãe, sua avó, a quem fez muita companhia e de quem tanto sente falta. A ligação entre elas é tão intensa, que se encontram nos sonhos de minha filha há exatos sete anos, onde conversam e minha mãe sempre lhe afaga os cabelos (aqueles que já foram "azul-hora do espanto").
Não sei o que aconteceu aos olhos azuis de minha filha. Conforme cresceu, tornaram-se verdes. Talvez a natureza, num presságio, providenciou, naturalmente, a troca de cor antes que a insatisfação inerente à Aline recorresse a outros meios .
Ela é assim, cheia de graça, malícia, doçura, impertinência, impaciência, uma série de qualidades e "defeitos" que não seriam possíveis relatar aqui neste mero texto, seria necessário um livro e muitos capítulos, bem como páginas em branco para ir escrevendo à medida que as mudanças se operam naquela linda cabecinha. Até crescer, ter filhos, netos, quanta coisa há de vir!
Este meu botão de rosa azul, por ser tão especial, sempre será minha menininha, a que me ensinou a ver o mundo com outros olhos: o olhar de mãe, até então, um mistério para mim. Em tudo ela é a pioneira: primeira neta, primeira filha, primeira a me chamar "mamãe", primeira adolescente...e com ela aprendo a lidar com os demais filhos, que ocupam, ao mesmo tempo, o lugar número um no pódio de meu coração.


E.T.: Aos meus filhos Gustavo, Nicolle e Álvaro: não fiquem enciumados, olhando atravessado para a "Nine", amo todos vocês, mas a aniversariante é ela, que veio florir o mundo em 13/10/83.

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Valéria Tarelho - uma feliz mamãe de 4 filhos
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