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Cartas-->CARTA AO POETA ALAOR TRISTANTE JÚNIOR -- 20/11/2002 - 14:08 (ROSAPIA (veja página 2)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CARTA AO POETA ALAOR TRISTANTE JÚNIOR

Transcrevo o comentário que enviei ao Poeta Alaor Tristante Júnior, sobre seu livro "Divagações de Poeta", Editora Folha da Região, Araçatuba-SP, 2001.

Alaor Tristante Júnior é um novo companheiro companheiro de Usina. O presente livro reúne poemas escritos desde a tenra infância até o presente momento.

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Caro Amigo e Poeta Alaor.

Vejo-o como poeta ainda preso ao seu mundo. Vislumbra a angústia do universo, tenta se ultrapassar, volta ao mundinho confortável: mundinho dos "Agradecimentos", que é sua base afetiva, seu trampolim. Volta e quer ficar, fincar raízes. Inquieto, ensaia novos vôos. Sabe que o poeta preso é quase inútil, comum demais, serve apenas para alimentar vaidades e engordar um ego tentador. Sabe que o poeta tem missão social e só se realiza se mergulhar no outro - o outro universal.

Vejo-o como poeta que já aprendeu muitas lições e acumulou sabedoria. Luta contra o medo que sente e não tem. A contradição e a coragem de se perceber contraditório.

Você já captou os apelos do animal que todos somos. Já sabe que diferimos do animal-bicho porque evoluímos para o raciocínio que pode ser nossa desgraça e nossa glória, dependendo do uso que dele fazemos. Diz isso quando fala do conforto do leito conjugal e do emprego sempre desejado. Constata que essa felicidade é válida e justa, mas pode também ser ilusória e, principalmente, insatisfatória. Percebendo isso, sente a necessidade do equilíbrio. Passa a questionar o superego que o impregnou de conceitos quando ainda não sabia se defender e/ou formar a própria opinião. E essa luta com o superego é tão desgastante que quase nos leva a desistir. Pois que é desgastante lutarmos com quem sempre amamos e nunca vamos deixar de amar: as autoridades de nossa infância, que ao tempo certo erigimos como heróis, quase deuses.

E entre os deuses surge o "deus" do superego que você atina que é ilusório, que é criatura e não criador, e quer dispensá-lo, não tem coragem para tanto, tão importante era para quem o transmitiu e o foi para você mesmo... O agnosticismo é o mais cômodo agora e é um caminho necessário.

Bem, meu amigo Poeta, não vou comentar seus poemas, que isso daria outro livro... Paro em você, ou melhor, no "você" que aparece neles.

A "Apresentação", de Marco Antonio Neves, cuja amizade certamente tem muito a ver com a formação de sua personalidade e de sua "poetice", me parece um assustador programa de vida.

Coragem!

Agradecendo o livro,

Sal


02/12/2001

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