Quem sabe de um amor assim tão frágil
Gerasse um altar de tua espuma.
Quem sabe um olhar de tuas bolhas
Banhasse esse mar de tuas brumas.
Queimando toda cinza os meus desejos,
Furando o sentimento quase frio.
Gelar de calafrios meus sentidos,
Beijar de toda boca, todo estio.
Virar de ponta a cima o pensamento,
Criar de reta oposta à razão.
Trazer de mim um par, um cruzamento,
E dar todos os quereres da paixão.
Louva minha sede,
Admite os prazeres,
Liberta os quereres,
Rompe o lacre da memória!
Ouvida a sina de outrora,
Permite, a ti, o agora.
Basta a brecha, a lacuna
Para eu inundar teu coração.
Oceano Pacífico de ternuras,
Foz perene de canduras,
Mar Vermelho em rosas,
No teu Mediterrâneo de paixão.
Nos banharmos de todo um beijo,
De salivas, rios e Pratas.
Dar às margens luz e praia,
Um bronzear de sensações.
Quero, a ti, alimentar a vida,
Dar o que inato conquistei,
Deitar em ti o que nos anima,
Nadar às claras como desejei.
Alisson Castro.
*Dedicado à Samara Menezes.
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