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Poesias-->Beleza Instável -- 02/04/2003 - 04:12 (Raquel Salama Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Beleza Instável



Sou de uma beleza instável

Qual mar e seus mistérios

No vai e vem das ondas

Ora insípida

Ora extravagante

Esbanjando luzes de sorriso

Arrastando olhares na multidão

Quando estou triste

Vejo-me profundamente feia

A assimetria do meu rosto

Destaca-se estranhamente

E é como se eu não me reconhecesse...



Espelho, espelho meu.

Tu estás a refletir minha alma?

Sou de uma beleza instável

Massa aquática

Moldável.

Sensível ao que se prende em mim

E ao que escapa em gozo.



Infalível,

Assim é o meu corpo

Que envelhece num dia

E rejuvenesce no outro

Ando cabisbaixa

Ando saltitante

Meu espelho mágico

Zomba de mim

Da minha beleza instável

Meu desarranjo incessante



Estou à sua frente

Em deleite com minhas curvas

Triunfante com olhos de vidro

Meu doce sorriso...

Estranha magia!

As curvas ficaram retas

Os ossos se destacam

O nariz, estranho,

Parece maior

O cabelo, desalinhado, sem vida

Tudo tão frouxo,

Inexpressivo...

Qual mar sereno

Em dia nublado

Potencial de instabilidade

Ah, essa quietude...

Paz fúnebre

Me leva para a caverna

Sinto-me cada vez pior

Separo-me do espelho

E a chuva começa a cair



Sou de uma beleza instável

Qual mar misterioso

Que ora entra em tempestade

E agitado, tenso

Como o meu corpo contraído na cama

Que se nega à vida.



Mas o dia rompe

E o sol estende suas mãos para mim

A luz fresca da manhã

Alimenta o meu corpo

Renovado, rejuvenescido

Volto a me reconhecer no espelho

E ele parece retribuir meu sorriso

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