SANTOS.
Ilha do sol, a mais linda,
À beira do mar plantada.
És pátria da caridade,
E terra da liberdade.
São muitos os apelidos
Que lhe são atribuídos.
Vila de Todos os Santos,
Foi semente desta Santos,
Tão pujante, tão famosa:
Quanto mais velha, mais nova.
Vila de Santos, à sombra
da casa santa, seu lar:
“Casa de Deus para os homens,
e “Porta aberta ao mar”,
Disse o fidalgo Brás Cubas.;
Mercê do porto pujante,
Refúgio do navegante,
Que sonha com tal lugar:
Um paraíso de terra
Na amplidão deste mar.
Mar que Carvalho cantou,
Os belos mares que amou.;
Suas praias, tudo enfim,
Contornadas por jardim,
De fama internacional.
Presente da natureza,
Santos tem sua vanguarda
No concerto da beleza.
Tão pujante, tão famosa:
Quanto mais velha, mais nova.
A Santos de Martins Fontes,
Que a Bondade celebrou
No seu soneto-modelo,
No exemplo que nos legou.;
Um misto que foi de zelo
E fulgurante pessoa,
Com a humildade d’um santo
Cuja voz ‘inda ressoa
Vibrante e cheia de encanto.
A Santos do meu Gonzaga,
Da praça da Independência,
Com seus Andradas de pé.;
“O coração da intendência,
É no Gonzaga, que é.”
Santos, lembrança que afaga,
Tão pujante, tão famosa:
Quanto mais velha, mais nova.
De Domitila, a marquesa,
Amante do Imperador,
Santos celebra a nobreza
De um grande sonho de amor,
Santos, cidade de sonho,
Que a natureza sonhou,
E deste sonho, suponho,
Que nunca mais acordou,
E não pretende acordar...
Santos, da Vila Belmiro,
E o Santos do futebol,
Onde brilhou como o Sol,
O seu astro principal,
Como não houve outro igual,
No gênio de um tal Pelé...
Santos, és glória no pé,
Tão pujante, tão famosa,
Quanto mais velha, mais nova.
E no final destas linhas,
Amplo destaque merece,
O grande lugar na história
Da Santos hospitaleira,
Que pro Brasil ensinou
A liberdade primeira.
Santos, teu nome é glória,
Tão pujante, tão famosa:
Quanto mais velha mais nova.
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