Sinceramente, quando comecei a escrever esta coluna pensei em primeiramente me apresentar, mas desisti, afinal o assunto é música e não o meu currículo, certo? Resolvido este pequeno impasse Veio outra duvida, sobre o que falar. Afinal é uma responsabilidade falar sobre os melhores anos da música mundial, os anos 80. E é sobre este período que pretendo escrever em minhas colunas, claro que algumas vezes virei para os 90, voltarei para os 70 e até chegarei aos 2000. Mas sempre trazendo como foco a década que trouxe ao mundo o U2, Sisters of Mercy, New Order, Smiths, Capital Inicial, Ira!, Legião e muitos outros. Alguém ainda duvida que estes anos não foram os melhores?
Falando em bandas brazucas, nos últimos meses temos visto a volta de diversas bandas que fizeram um relativo sucesso. Zero, Picassos Falsos, Hojerizah, Uns e Outros, Violeta de Outono, 365... Isso para não ficarmos apenas nos medalhões. O mais engraçado é que essa volta não conta com o menor apoio das gravadoras que chegaram a lançar estas bandas no passado, ou seja, eles passaram a ser “independentes”, seus discos saindo em tiragem limitada, e o pior com uma péssima distribuição. O novo CD do Zero, por exemplo, só encontrei aqui em Sampa pela loja virtual da Som Livre, e olha que procurei em muitas outros locais. Será que eles merecem um descaso tão grande? Duvido, só como exemplo as musicas mais procuradas das que tenho no computador via Morpheus, são exatamente as gravações originais destas bandas. E eu mesmo passo noites procurando arquivos de bandas que eu ainda não tenho. É uma tarefa ingrata, afinal não são todos os que conseguiram passar seus discos de vinil para o computador.
Afinal, quando as grandes gravadoras tomarão vergonha na cara e lançarão estes discos? Pode ser em tiragem limitada mesmo, mas que pelo menos tenha uma distribuição razoável. Tenho certeza que não sobraria disco nas lojas.
Continuando sobre o Zero, seu mais novo CD foi uma pequena decepção, tudo bem que para quem não conhecia a banda as musicas ficaram legais, mas pra quem tinha os discos ficou parecendo um assassinato em série. Entre as regravações apenas três se salvaram, Agora eu Sei, Passos no Escuro e A Luta e o Prazer. O primeiro “sucesso” do Zero, Heróis, perdeu totalmente o sentido com a versão semi-acústica. Como eu disse, quem não conhece a banda achará o máximo, mas quem conhece e acompanhou a banda desde o início se sentirá traído.
Em tempo, o RPM também está de volta, acabaram de assinar com a Universal para a gravação de um acústico pela MTV.
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