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Artigos-->Preconceito -- 26/03/2002 - 18:36 (Valdir Antonelli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há algumas semanas tem circulado por diversas listas – em três que assino por exemplo - uma mensagem sobre a morte e acidentes de alguns ícones do rock nacional, e faz uma esdrúxula comparação com a “falta” de pagodeiros e funkeiros mortos. Esta mensagem termina conclamando a todos que repassem a mesma para seus amigos, na forma de corrente, sendo que para quanto mais pessoas o leitor repassar, mais pagodeiros morrerão ou sofrerão algum tipo de acidente...



Juro que gostaria de saber quem foi o infeliz, pra não falarmos coisa pior, que criou esta mensagem, teria prazer em denuncia-lo, pois o que esta pessoa fez pode ser chamado simplesmente de preconceito.



Eu, particularmente, não suporto pagode, axé e este tipo de funk que chamam de brasileiro, mas respeito o trabalho destas pessoas. Não se pode falar que seja lixo, afinal milhares de brasileiros pensam o contrário e se essa massa de pessoas gosta, é sinal que alguma qualidade o produto tem. E principalmente temos que lembrar a questão social deste tipo de música. Acredito que uma boa parte de vocês saibam que o É o Tcham mantém programas sociais na Bahia, que o Netinho faz o mesmo na periferia de São Paulo, e fazem isso com dinheiro do próprio bolso, sem depender do governo, porque sabem qual é a realidade das pessoas nestas regiões, principalmente porque fizeram parte desta realidade. Isso apenas como exemplo, pois vários outros artistas populares também fazem um trabalho social digno de nota.



Até os grupos de funk cariocas contribuem, porque criam na cabeça do adolescente da favela uma esperança de que se estas pessoas conseguiram vencer com a música, ele também pode e com isso foge do destino mais comum a estes adolescentes, as drogas, o tráfico, a morte. Agora me falem, quantos grupos de rock fazem o mesmo?



Eu cito apenas dois que conheço, os cariocas do Rappa, e os punks do Devotos do Ódio, hoje a banda se chama apenas Devotos, em Recife. Estas duas bandas fazem um trabalho na comunidade próxima ao local onde elas surgiram. Favelas do Rio e Recife.



E onde estão os outros grandes do rock nacional? Realmente espero estar enganado, e que outros grupos também trabalhem em prol dos que mais precisam, mas infelizmente eu desconheço este trabalho.



Só que o mais impressionante é que existem pessoas com um nível escolar, cultural e financeiro maior que a média brasileira que incentivam esta discriminação ao que eles julgam popularesco. E exatamente por ser popular, dizem que é ruim. Será que o maior acesso à informação que estas pessoas tem não serve pra nada? Será que os anos a mais que passaram estudando fazem efeito contrário nas suas consciências?



É inadmissível que nós aceitemos este tipo de mensagem, e pior que a repassemos para o maior número de pessoas, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Desejar a morte ou a desgraça de alguém não é natural. A pessoa que cria uma mensagem desta, e aquelas que contribuem para a sua disseminação não passam de doentes, que deveriam estar sendo tratados.



Chega de preconceito!!!!



***



Mudando de assunto, nesta virada de ano a Kiss FM de São Paulo apresentou as 500 melhores músicas de todos os tempos, votadas pelos ouvintes da emissora. E ganha um doce quem adivinhar qual foi a mais votada. Stairway to Heaven do Led Zeppelin, sendo seguida por Smoke on The Water do Purple e Bohemian Rapsody do Queen. Gosto destas bandas, mas discordo totalmente quanto às musicas escolhidas. Mas fazer o que, o pessoal votou nas mais conhecidas, infelizmente são poucos os que realmente conhecem o trabalho das bandas, a grande maioria se baseia apenas no que toca nas rádios e principalmente nos programas ditos de flash back. E o que toca nestes programas são apenas estas músicas, dificilmente você conseguirá ouvir uma Ramble On do Zeppelin ou uma Fireball do Purple.



A culpa, dirão os programadores, é do ouvinte que não pede estas músicas. Nada mais errado. Trabalhei em rádio aqui em São Paulo e sei que o ouvinte pede sim outras músicas e reclama da repetição ao extremo do grande sucesso deste ou daquele grupo. No fundo é a pura comodidade do programador e principalmente da coordenação da emissora, que não quer arriscar, os grandes culpados. Prova disso é a programação feita pela própria Kiss, que procura mostrar outras músicas das grandes bandas, não ficando apenas no que um dia já tocou em rádio. Antes isso fosse seguido por todas as emissoras, e digo todas mesmo, as que tocam rock, as que tocam pagode, as que tocam axé, etc.

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