Usina de Letras
Usina de Letras
46 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62253 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22538)

Discursos (3239)

Ensaios - (10374)

Erótico (13571)

Frases (50645)

Humor (20034)

Infantil (5443)

Infanto Juvenil (4773)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140812)

Redação (3308)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6200)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->O Diabo Ouve MP3 -- 26/03/2002 - 18:39 (Valdir Antonelli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há alguma semanas um site onde escrevo, o Songweb (www.songweb.com.br)foi alertado para retirar os links para arquivos MP3 que ficavam nas páginas dos especiais de bandas e artistas. Se por um lado isso mostra que a Song, como é carinhosamente chamada por nós, é realmente bem lida, por outro mostra que a polêmica que envolve os arquivos musicais ainda nem começou a esquentar. Apenas como observação, nenhum dos links apontavam para o servidor onde a Song é hospedada, e sim para páginas particulares dos fãs destes grupos. Aproveito e peço que dêem uma olhada na entrevista feita com o Bruno, vocalista do Biquíni Cavadão, onde ele também fala sobre este assunto.



Mas vamos ao que interessa. O MP3 é mesmo esse demônio pintado pelas gravadoras e por algumas bandas? Não vejo a troca de arquivos pela grande rede como vilã, vejo sim como um escape aos preços abusivos cobrados pelas lojas por um simples CD. Querem um exemplo? Vejamos, o CD do Linkin Park, Hybrid Theory, é sucesso de vendas no mundo inteiro. Bom, este CD custa nos Hipermercados Extra, a bagatela de 35 reais. O que?? Você deve estar pensando. Mas é isso mesmo, 35 mangustins. Em outra loja em um shopping próximo, este mesmo CD saia por 29 reais, aí já temos uma diferença que ninguém consegue explicar de seis reais. Numa segunda loja do mesmo shopping, este CD já estava por 25. E eu termino com o preço do Submarino, que esta em 22 reais. Algum economista de plantão pode me explicar porque tamanha diferença de preços entre estas quatro lojas?



Vejam bem, sou totalmente a favor de que o artista receba por sua obra, e isso já esta embutido no preço que as gravadoras vendem o CD para as lojas, agora, justificar uma diferença de quase 15 reais entre as lojas é um absurdo que só contribui para a pirataria.



Neste ponto voltamos ao nosso assunto, a culpa pela diminuição da venda de discos, apontada pelas gravadoras como sendo causada pela troca de arquivos na Internet, é irreal. Em nosso país o problema é a pirataria de rua e não pela grande rede. Tudo bem, alguém pode dizer que estou usando dados do Brasil, e não dados internacionais, mas devo lembrar que o mercado brasileiro de discos esta entre os cinco maiores do mundo, então eu tenho todo o direito de usa-lo como exemplo. Mas tudo bem vamos para os Estados Unidos.



Os americanos têm o maior mercado de música do mundo, e também são os mais conectados na net. Isso faz a troca de músicas pela rede ser gigantesca por lá certo? Certo. Mas vejamos por outro lado, quem baixa arquivos pela rede? Normalmente adolescentes que passam o dia no computador. Desde quando adolescente tem dinheiro pra comprar os CD’s de todas as bandas que ele gosta? Caímos aonde novamente? Sim, nos preços cobrados. Ta eu sei, estou sendo simplista, mas é esta a visão que tenho do problema. Enquanto os preços cobrados por um CD estiverem no patamar que estão, coisa de 10 dólares, ou 25 reais em média, a pirataria, seja ela via MP3 ou via camelos, nunca vai acabar.



Acho engraçado a APDIF vir atrás de um site que não disponibiliza nenhum arquivo de MP3, apenas indica um link onde seria possível encontrar uma música, enquanto o grosso da pirataria esta na rua. Pra quem é de Sampa, é só dar uma volta pelo Largo da Concórdia no Brás, ou pelo Largo da Batata em Pinheiros, ou pior, pela região da Paulista, zona nobre da cidade pra saber do que estou falando, é muito cômodo procurar sites de MP3 pela net, mas sair pra pegar os verdadeiros piratas nas ruas ninguém quer.



Vejam bem não estou criticando o trabalho da APDIF, muito pelo contrario, ela esta fazendo o serviço ao qual é destinada, mas falta algo ainda, e este algo não esta no virtualismo da net. Falta ainda um maior entendimento entre industria fonográfica e lojistas de que não adianta querer o máximo de lucro, no mínimo de vendas, quando o correto é ter lucro sim, mas vendendo bastante, o que implica na diminuição da margem de lucro em todas as pontas. Só assim a pirataria tem chance de ser combatida com mais vigor.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui