De La Rua saiu de sua casa; estava nervoso, ia matar seu ex-patrão, pois fora despedido por que voltara quinze minutos depois do horário de almoço.
Quando chegou à rua do seu ex-escritório, viu cinco rapazes chutando um pobre cachorro que nada fazia contra a opressão dos mais fortes. Estes, depois que se cansaram de chutar o animal, foram embora vangloriando-se pelo feito. De La Rua se aproximou do cão, sentou ao seu lado e começou a refletir. Estava com muita raiva do seu ex-patrão e continuava a querer saborear o prato frio da vingança, convencido de que queria mata-lo. Mas, ali ao lado do animal ferido injustamente como ele próprio, viu que a frase pixada no muro à sua frente fazia sentido: “Feliz não é aquele que se vinga, mas aquele que perdoa”.
Refletiu... Olhou para o cão que feliz lambia-lhe o braço. Sorriu... Tomou o cachorro no colo...E se foi...