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Cordel-->SÃO PAULO DO MEU BRASÍ! (Poema Matuto) -- 28/12/2003 - 21:01 (Wellington Vicente) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
*Ao amigo e grande folclorista TÉO AZEVEDO.

São Paulo do meu Brasí,
Cuma tu sois importante!
Capitá dos Banderante
Qui conquistáro os Sertão.
Serêa qui im vez do canto,
Sopra uns apito zangado
Qui dêxa disabitado
Os campo do meu Torrão!

Quanto jovem conterrano
Cum suas força virí
Ajudáro a construí
O teu gigante cenáro?
As mão qui a sêca expursô
Viéro buscá o pão,
Trabaiá nas construção
Por um miúdo saláro.

Muntos ganháro dinhêro,
Casáro, já tem famia,
Tem boa casa, mubia,
Hoje tem fama e cartaz.
Já ôtos só fracassáro,
Sem tê a bença da sorte,
Choram lembrano do "Norte"
Sem pudê vortá pra trás.

Num tem quem conte os vaquêro
Disfarçado de seivente,
Os cantadô de repente,
Os imboladô bem puiento.
Estão tudim atrepado
Nos andaime, nas escada
E a poesia atolada
Nos traçado de cimento!

Istranhei dimais teu povo,
Êita! Povo carrancudo!
Passano im riba de tudo
Sem tempo pra cunversá.
Num aperrêi da mulesta
Se disviano da gente,
Munto, munto deferente
Do povo do meu Lugá.

Essas tua estação
Eu já tenho é comparado
Cum furmiguêro assanhado
De saúba impaciente,
O teu trem é um curisco
Escramuçano na terra,
Varano os bucho das serra
Levano e trazeno gente.

Tuas enorme favela,
De morada da pobreza,
Já viráro as fortaleza
Dos traficante maivado
Qui vende um pó bem branquim
E uns mato munto fedido
Móde tirá os sintido
Dos jovem disavisado.

Teus poeta serestêro
Qui canta im tua garôa
Dize inté qui já foi boa
Tuas água de bebê,
Mas o pogresso egoísta,
O pai da poluição,
Vive a cuspí podridão
No leito do Tietê.

Tuas muié são bonita
Mas seu côipo isbranquiçado
Nunca viu os rái dorado
Do sol da minha Terrinha.
O côipo pode sê belo,
Compreto de foimosura,
Mas num pissui a quintura
Das custela de Pretinha!

Tua curtura é foimada
Do cordé dos nordestino,
Do chimarrão dos sulino,
Das comida dos nortista,
Do samba dos carioca,
Do requêjão dos minêro,
Mas no vê dos istrangêro
Tudo é curtura paulista.

Dêxo a tua dinherama
E a tua agitação
E vórto para o Sertão
Dos verso de Zé da Luz!
Vô contá prus conterrano
Cuma sois discomuná:
A maió das Capitá
Da Terra de Santa Cruz!!!

*Estação da Barra Funda, São Paulo,19 de Abril de 2002.
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