Usina de Letras
Usina de Letras
61 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62314 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22541)

Discursos (3239)

Ensaios - (10400)

Erótico (13576)

Frases (50700)

Humor (20050)

Infantil (5472)

Infanto Juvenil (4792)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140835)

Redação (3311)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6219)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->RECORDAÇÕES DE VILA RICA -- 07/09/2000 - 11:30 (Nelson de Medeiros Teixeira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desponta longe alvissareira a Vila Rica,

a Vila Rica dos garimpos, das quimeras...

E sinto bem que toda a angústia que me fica,

nada mais é que só lembrança de outras eras...



E ganho as ruas muito estreitas, muito antigas,

tão bem ao gosto dos poetas melancólicos,

e cada casa, cada pedra são cantigas,

a ressoarem dentro d!alma em sons bucólicos...



E vejo bem o antigo Paço iluminado,

o atropelar de mil cavalos portentosos,

e sinto n!alma aquele impulso inusitado,

de mergulhar naqueles tempos tão ditosos...



Se me depara de repente antiga fonte,

qual sombra linda, da saudade a própria filha,

e me ressurge, alcandorada, em meio à ponte,

o porte esbelto da figura de Marilia...



Em sua fronte resplandece imaculado,

halo doirado, emoldurando um camafeu,

e dentro dele, qual brilhante lapidado,

eis ressurgida a nova imagem de Dirceu...



Vou prosseguindo na viagem fascinante,

qual navegante que se lança mar a frente,

e num instante, eis que me sinto num levante,

qual fosse mesmo um valoroso inconfidente...



Revejo em sonho os companheiros que se ufanam,

E quais heróis buscando louros que os consagrem,

Soltam do peito o grito ardente em que reclamam:

Oh! Pátria amada, “Libertas quae sera tamen”...



E num lampejo sinto então que a praça antiga

é bem a mesma de mil cores reluzentes,

e num esforço é bem provável que eu consiga,

rever garboso o legendário Tiradentes...











Vejo moçoilas em vestidos de brocado,

que alvinitentes, sob a luz dos lampiões,

trazem de volta os cancioneiros do passado,

os candeeiros, as varandas e balcões...



E torno tonto mergulhado do passado,

a rebuscar um tempo antigo tão presente,

e a nostalgia que me envolve é meu legado,

daquele tempo com meu tempo condizente...



Mas quem me escuta?, quem me entende? Quem me sente?

Quem me acompanha nestes doces devaneios?

Somente a Musa que assenhora a minha mente,

Somente os Vates nos seus versos sem receios...



Nelson de Medeiros Teixeira

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui