FANTASIA
À minha mãe, no dia de sua partida.
Morreu?
Não! Secou! Sem se desfolhar sequer!
Rosa Vermelha dos meus amores
Cheia de graça e leveza
Tendo do anjo a beleza
E a sedução da mulher.
Mimosa flor morena!
Como um beijo de doçura
em sua boca pequena,
todo feito de ternura
Suavemente a brilhar,
Ali ficou derradeiro,
O sorriso costumeiro
Em seu rostinho a brincar.
Minha flor feita de graça,
De suavidade e meiguice,
Ao vê-la assim por mim passa
Uma doida criancice,
Ansiosa fantasia:
Enterrá-la qual semente
E vê-la brotar novamente,
Plena de luz e alegria .
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