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Contos-->O reflexo -- 27/01/2003 - 21:32 (Rodolfo Gregório) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Acordei assustado, embora soubesse que estava sozinho em casa tive a impressão de ter escutado barulhos fora do quarto. A principio achei absurdo mas os barulhos vieram novamente me assombrar. Decidido a acabar de uma vez por todas com essa loucura e voltar a dormir me levantei e pus-me a andar pela casa.
Sai do quarto e rapidamente atravessei o pequeno corredor que dava acesso a sala e como pensava, não havia ninguem. Parece que por uma incrivel implicância, quando estava voltando para o quarto escutei novamente o barulho.
Entrei na cozinha e não havia ninguem, subi as escadas, verifiquei detalhadamente todos os cantos da cobertura e nada. Desci e novamente o mesmo barulho.
Só faltava um lugar a procurar e fui com uma apreensão até a porta do banheiro.
Entrei lentamente no banheiro e o vasculhei rapidamente : ninguem.
Quando ia saindo de lá encontrei quem estava fazendo o barulho, olhei para o espelho e me vi diferente do que estava. No começo me assustei um pouco mas meu reflexo pediu para que me acalmasse.
Não conseguia acreditar que estava falando comigo mesmo desta forma mas tentei relaxar.
Quando ele (não consigo dizer eu) percebeu que tinha voltado ao normal começou a falar comigo.
- Há muito tempo que tento falar com você.
- O que você quer comigo?
- Não sou eu que quero nada de você e sim você mesmo que quer tantas coisas e fica tentando evitar.
- Isso é mentira!! Eu nunca fujo de que quero fazer.
- Ah, claro!! Como sempre tentando se mentir. Não adianta falar o que não esta sentindo pois como você esta vendo eu sou você.
- Mas...
- Chega de mas, mas, mas e me escute.
Não sei se foi por curiosidade, medo ou algum sentimento mas estranhamente sentia que precisava escutar o que viria a ser dito por ele.
E ele continuou.
- Se você fosse mas honesto consigo não precissaríamos estar aqui conversando a esta hora da noite.
Mas já que estamos vamos ao que interessa.
Você deveria saber que embora você não goste de mostrar as pessoas de sua família o quanto você gosta delas elas se sentem muito mal com esta situação...
- Mas, eu não consigo...
- Elas são pessoas assim como você, basta que você deu dê a elas um pouco de atenção e elas não se sentirão tão abandonadas.
Era de impressionar, ele parecia saber tudo que eu sentia.
- Prometa-me que tentará dar atenção a eles.
- Tudo bem, eu prometo.
- Bom sei que ainda é pouco o que te falei mas não posso ficar aqui mais tempo, nos encontraremos novamente.
- O que mais tem pra me contar!!!?
- Infelizmente não tenho mais tempo.
E dizendo isso dissipou-se deixando meu verdadeiro reflexo no lugar.
Abri a torneira, molhei meu rosto e quando ia saindo do banheiro percebi que já não estava mais na minha casa.
Sentia-me perdido entre aquelas paredes olhei para o alto e vi aquela luz. Tamanha foi minha fascinação por ela que não conseguia tirar meus olhos daquela direção.
Cada segundo que passava ia vendo menos o que tinha ao meu redor, tudo o que via era a luz.
De repente levantei ofegante e só então percebi que tudo aquilo que tinha se passado foi um sonho.
Nunca mais tive um sonho como aquele pois mesmo tendo sido apenas um sonho resolvi não tão somente com meus familiares mas com todas as pessoas com as quais me relaciono ser honesto e mostrar o que realmente sinto.
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