Gostaria que minha mensagem não fosse de pessimismo exagerado.Afinal de contas, estamos avulsos de meiados e esbugadalhados: pessimismo e depressões repentinas que os deuses inventaram prá confirmar nossa condição de humanos dependentes.
E assim, engrossando paliativos de desabores me afundo no mundo das pessoas, que são literalmente iguais a mim e condescentemente completamente diferentes.
Partindo deste princípio é que me pergunto: e agora prá onde foram a coisas que partiram?
Perdi um gato, chorei.Dois cães foram envenados e me debrucei em lágrimas. A flor que eu quero que nasça sempre morre com a poeira do sol ou na umidade das luas. Perdi um amigo de infància e,por agouro dos céus,teve que morrer nos meus braços.
E, assim, na minha vida, estou sentindo que estou perdendo tudo Tudo que dá gosto, que a gente ama.
Não sei se é normal, não sei se é anormal. Mas está tudo indo embora. Sulilampo! Dourado, glorioso, mas parece que existe uma porta dos espíritos, encarregada de se abrir a toda hora e levar minhas coisas.
Hoje estou mesmo de desagrado. Não sei como lidar com isso.
Peço amparo ao mitológico Aquéus - encarregado de amparos - para que me deixe sobras de alguma coisa. Ou, senão, me leve junto.
E na falsa glória fica o pior: gruda na nossa vida e nada fica prá contar história.É uma guerra só de adeus.