CRÔNICAS DO COTIDIANO
JANTAR A DOIS
TINO
Há muito sem lhe ver, a saudade doída me castigava e o desejo de sentir o calor do seu corpo me alucinava, me mortificava. A noite, na cama, como amassei o travesseiro, como o abracei imaginando você e como me masturbei de maneira insânia ...
Felizmente aconteceu! Estávamos ávidos um pelo outro, como a sede para o sedento. Marcamos encontro para jantar. Lembrei-me do Mário!s, casa aconchegante, típica em frutos do mar, em ostras principalmente, iguaria afrodisíaca e excitante pelas propriedades e pelo aspecto visual.
Você chegou e fui recebe-la no taxi.
Estava linda! Vestido esvoaçante, leve, colorido. Ainda o possui? Mesmo solto, marcava de forma indelével os seus quadris largos e as coxas grossas, sem querer mostrar. Ao beijá-la, o perfume suave impregnava o meu rosto e o ar das pessoas ao redor.
- Boa Noite Thaise! – Amor Vc está linda... Falei em sussurro.
Fomos acomodados pelo maitre em local reservado e com poltronas aconchegantes. O couvert foi servido como também os drinks. Fiquei impaciente porque o garçon sempre solícito, estava solícito demais para o meu gosto, pois percebi como Vc também percebeu o seu olhar ávido e faminto pêlos seus lindos seios. A minha preocupação foi pôr se tratar de um rapaz vistoso e bonito.
O assunto era alegre e descontraído, vez pôr outra deixando-me antever o sorriso juvenil da mulher adulta e bela que ali, a minha frente se encontrava.
Como a nos provocar, sentenças com dupla interpretação aconteciam de forma a atiçar a nossa libido.
Ao fixar o meu olhar sobre o seu lindo semblante ali me atentando e sorrindo, permaneci, não sei precisar põr quanto tempo em fase de contemplação e, na minha mente, desfilaram todos os momentos de rara felicidade e de prazer já vividos pôr nós no Recife. Lembra-se ? A queda escorregadia da saia, a lingerie fria, deslizante e macia, a calcinha usada que não permiti que a trocasse, o soutien branco agasalhador dos grandes pomos rosados, os nossos carinhos, os nossos afagos, os sussurros, os gritos de prazer, os nossos atos depravados e maravilhosos. A xana, exótica orquídea aberta completamente arreganhada, deixava vislumbrar entre mil dobradinhas e redobras, o grelinho rosado, os grandes lábios vaginais orvalhados e inundados pelo fluxo do amor da bela flor, a entrada vaginal, túnel de acasalamento e de prazer e o presentinho tentador.
- Sr.! Deseja fazer já o pedido? ... O garçon.
Como caído de um precipício, despertei do meu torpor. Não sei pôr quanto tempo durou. Desconcertado e atônito, ignorei o que disse ao garçon. Olhei para Vc ... como a pedir socorro. Percebi pelo seu sorriso suave e sereno que estava tudo bem, tudo calmo. A colocação da sua mão sobre a minha, me deu completa tranqüilidade e me trouxe à realidade.
- Aonde estava Vc amor? - Volta pra mm...! Disse-me de
maneira meiga.
Jantamos bem. O vinho degustado, o cafezinho esperto e forte e o licor nos deixou enebriados, acendendo definitivamente a volúpia e o desejo de nos devorarmos. De voltarmos a repetir todas as nossas loucuras depravadas válidas entre as quatro paredes.
Nos amamos a noite toda. Sabendo não poder competir com Vc, me
Segurava de todas as maneiras para não gozar e poder continuar a lhe dar mais e mais prazer. A noite, não a sentimos. Passou de passagem... Tomamos o café pela manhã. Eu relaxado e gozado. Vc... Acho que ainda com uma pontinha de desejo insaciável ...
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