Percorro galáxias,
Perco meu passo.
Deixo poeira de estrelas em meu caminho.
Sozinho vim e vôo sozinho.
Sou viajante do tempo
E do espaço.
Dias obscuros,
Noites em claro.
De um planeta a outro
Num instante raro.
Esta estranha espaçonave conduz.
Oceanos, turbulência, tempestade
Hoje não sou mais o que era:
Sobrevivo e vivo no azul da esfera
Entre os astros, as memorias e a luz.
Lisboa, 30 de março de 2003.
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