FERA INDOMADA
E de repente me faço serpente
Enroscada e saliente,
Me faço notar em qualquer ambiente
Sou dona da tua mente
Te fazes pequeno
Pasmo, quase demente,
Teu coração dispara, gela,
Ao me reconhecer, delirante,
Transtornada e bela
Sem qualquer receio
Ou sombra de medo
Te enfrento no teu meio
Resolvi que serei teu anseio
Concretizado e feio
Decidi, me fazer temida
Arrogante e pedante
Teu pesadelo ambulante
Me ponho em ouro e diamante
Já que não consegui me fazer querida
Não serei apenas um adereço deslocado,
Mal colocado na capa da tua vida
Um mal necessário no teu cenário
Serei estrela brilhante, não mais amante,
Não mais bijuteria barata e apagada
Mas, jóia rara e cara
Que brilha solitária e plena
De sensualidade gritante
Distante e intocada,
Por todos cobiçada
Fera indomada
Na tua selva dourada
MORGANA
Em: 25/02/03
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