A moça da praça não existe mais
Hoje é a mulher da cidade
Que não mais desfila, anda
apressada, preocupada, distraída
para tudo o que um dia
foi motivo de tanta alegria.
A moça da praça não sorri mais
Hoje ela é pessoa adulta, séria
a descontração não tem mais ingresso
nem regresso
neste teu dia-a-dia possesso
de tantos afazeres julgados normais.
A moça da praça não vê mais vitrines
Ela passa distante
diante de tantas roupas, calçados e brilhantes
Tudo isso é fantasia, ela diz ...
recordando com uma tristeza longínqua
dos dias que realmente era feliz.
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