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Artigos-->Independência x dependência -- 25/07/2014 - 17:48 (João Brito) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Neste Semanário tenho abordado temas tão amplos sobre os quais seria possível discorrer horas a fio e até mesmo produzir alguns volumes de literatura contemporânea sobre o estilo de vida cristão e a vida corporativa, mas tenho me limitado a algumas pinceladas face ao propósito de leitura do texto em até 3 (três) minutos. 



Oportunamente, tenho relatado algumas experiências vividas e até meus testemunhos pessoais, por ora, vai aqui mais um: Quem já não disse para si mesmo ou para um ente querido uma frase tola como essa? Quando eu envelhecer, não quero depender de ninguém. Resposta: eu mesmo!



Espero que você leitor ainda não tenha cometido tal tolice, ou pelo menos mude de ideia ao término deste artigo, o fato é que, queiramos ou não, seguindo o curso natural da vida, deixaremos este mundo um dia dependendo do amor e dos cuidados de outros. Nossas escolhas, atitudes e valores determinarão quem serão esses "outros".



Quando eu ainda era um menino sonhava ser independente e fazer bem o que quisesse da minha vida. A independência para um jovem adolescente está para a liberdade assim como o dia da alforria está para um escravo ou prisioneiro. Todavia, nem sempre, as consequências decorrentes da liberdade são contabilizadas corretamente na mente do jovem sonhador, assim como o prisioneiro em liberdade que não se regenerou em seu cativeiro se arrisca a um novo tropeço, o qual poderá torná-lo vítima de seus próprios atos mais uma vez.



As gerações de trabalhadores atuantes hoje nas corporações empresariais convivem com o paradoxo da independência: quando ser e quando não ser independente? Os Baby Boomers já descobriram que há ocasiões apropriadas para os dois papéis, as outras gerações (X, Y, Z) também irão descobrir, mas talvez pagarão um alto custo decorrente de tentativa-e-erro, tal qual na lenda Fio de Ariadne - aplicação de lógica. 



Por essa e também outras razões, as empresas estão reavaliando suas estratégias de atração e contratação de talentos, passando a incluir em seus processos seletivos, profissionais de maior quilate que trazem em seu bojo mais experiências e vivências em processos decisórios críticos e importantes para o cumprimento da missão de suas antigas empresas. 



O jovem executivo impetuoso costuma ver algumas árvores do mundo corporativo e traçar alguns planos para atingir seus objetivos, já o executivo mais experiente não só vê as árvores, enxerga toda a floresta, como também a interdependência intrínseca existente no ambiente, tão vital para a sobrevivência e perpetuação das espécies. 



John Stott em seu excelente livro, O Discípulo Radical, afirma que não podemos imaginar que a dependência seja a única atitude apropriada que devemos tomar, porém afirma ser a postura mais característica do que ele chamou de um discípulo radical - um seguidor de Jesus Cristo, capaz de viver a vida cristã com integridade. Existem momentos que somos chamados ao oposto, isto é, a sermos independentes.



No mesmo livro, Myra Chave-Jones, responsável pela Fundação Care and Consel, um serviço de aconselhamento cristão, é lembrada pela sua citação sobre o conflito entre a dependência e a independência "é uma das curvas mais abruptas de aprendizagem no caminho da vida". John Wyatt é lembrado pela célebre e eloquente declaração sobre a prioridade da dependência: "O plano de Deus para nossa vida é que sejamos dependentes".



De todos os seres que habitam a Terra, o homem, ao nascer, certamente é um dos mais dependentes. Para o caminhar sozinho leva meses de aprendizagem, os quadrúpedes ao nascer saem caminhando, as tartarugas correm para o mar, etc. Com tanta fragilidade a espécie humana deveria perecer, mas não foi o que aconteceu, cumpriu-se o propósito de Deus “... Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra."(Gênesis 1:26).



Em sua trajetória na Terra, Jesus Cristo demonstrou não só sua total dependência de Deus, seu Pai "Mas Jesus retirava-se para lugares solitários, e orava." (Lucas 5:16), como também das pessoas que o cercavam "Nisso veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dê-me um pouco de água". (João 4:7), foi assim que o próprio Cristo provou que a dependência não destitui uma pessoa de sua dignidade e de seu valor inestimável. 



Desta forma, nascendo como uma frágil criança, sendo alimentado, cuidado, apoiado, auxiliado, Jesus Cristo nunca perdeu a sua dignidade divina até mesmo no momento da cruz. Parafraseando John Stott; se a dependência foi adequada para o Deus do Universo, certamente é apropriada para nós, criaturas únicas de Deus, porém imperfeitas e prisioneiras do pecado original, mas factíveis de serem regeneradas única e exclusivamente pelo amor e a misericórdia do próprio Deus, que é galardoador dos que o buscam "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam."  (Hebreus 11:6).



Aplicação Prática:




  1. Você faz parte da tribo que já cometeu a tolice mencionada pelo autor? Mudou de ideia ao ler o artigo?


  2. Em seus papéis na vida pessoal e profissional qual é a sua característica predominante, independência ou dependência?


  3. Você ainda é prisioneiro do pecado na visão Bíblica ou já é uma criatura regenerada?


  4. Sendo uma nova criatura, seu estilo de vida cristão é integro? Cite algumas evidências disto.



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