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Artigos-->Superando Limites -- 25/07/2014 - 17:51 (João Brito) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


No mundo corporativo lidamos com desafios durante todo o tempo, por isso criamos mecanismos de controle, acompanhamento e medição de resultados, estruturamos também campanhas de incentivo de vendas e/ou resultados de todo tipo e tamanho, como forma de atingir metas e objetivos. Via de regra nos deparamos com limites que achamos intransponíveis, sentimo-nos desorientados e às vezes nos deixamos abater pelos fracassos temporários. 



A área de Recursos Humanos de atuação estratégica tem por missão criar esses mecanismos de engajamento dos colaboradores aos desafios lançados pela alta direção da empresa. Em algumas situações os esforços chegam aos limites da criatividade que vão desde subir em árvores, chamado de arvorismo, a descer cachoeiras em uma modalidade esportiva chamada de "rafting". 



A formação do profissional de Recursos Humanos, a meu ver, deveria incluir experiências na maioria das atividades da empresa, bem como em outras empresas de segmentos diferentes.



Em uma destas experiências há alguns anos atrás fui contratado pelo ABN Amro Bank, conhecido no Brasil também como Banco Real, para estar à frente de algumas equipes de atendimento de Contact Center. Logo que cheguei fui informado de que uma das equipes estava envolvida com uma campanha de metas, as quais estavam muito aquém do esperado. Após estudar a campanha, passei uma manhã com todos os membros daquela equipe tratando do tema. De início notei que a maioria não acreditava que os resultados seriam atingidos e que a tão desejada premiação, um Cruzeiro de uma semana para Fernando de Noronha, o arquipélago dos sonhos, seria impossível de ser conseguida. 



Lembro-me muito bem de ter falado com aquele grupo de jovens sobre sonhos e visões sobretudo; valores, crenças e atitudes. Não me ative aos detalhes do árduo trabalho que estava pela frente, mas foquei nas potencialidades individuais e na união da equipe para superar os limites que eles estavam enfrentando. Os resultados vieram nos três meses seguintes e todas as metas da campanha foram superadas. Tive a felicidade de estar com o grupo de funcionários vencedores da campanha na viagem a Noronha. Uma viagem inesquecível e uma experiência também com uma equipe que eu mesmo denominei EAD - Equipe de Alto Desempenho e que serviu-me de referência em desafios futuros.



Sempre fui um admirador dos jogos olímpicos, uma competição que desafia os limites do homem desde a Grécia antiga, berço da cultura ocidental e dos ideais olímpicos. A melhor performance do Brasil em Jogos Olímpicos foi em 2004, Atenas, de onde saímos com 5 medalhas de ouro, de lá para cá nas duas edições subsequentes nunca mais atingimos esta marca, uma constatação de que é necessário investir muito mais na preparação de nossos atletas e quiçá obteremos melhor êxito em 2016 aqui mesmo no Brasil.



As Paralimpíadas chamadas antes de Paraolimpíadas tiveram a sua primeira edição na XVI Olimpíada, realizada em Roma, em 1960, objetivando a participação de atletas portadores de deficiências físicas. Muito embora ainda com pouca atenção da mídia e do público em geral, para mim, estes jogos simbolizam muito mais o desafio de superação dos limites do homem, face às condições físicas limitadoras de seus participantes, os quais, na minha opinião, deveriam ser chamados de Atletas Eficientes Físicos de Alto Desempenho ou de Portadores de Habilidades Especiais. No Brasil há vários Atletas Eficientes Físicos de Alto Desempenho, um deles, Daniel Dias, http://www.danieldias.esp.br, arrematou 6 medalhas de ouro em uma única competição nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, batendo todos os recordes mundiais das provas que participou. Herói nacional com um feito histórico e vencedor por duas vezes do prêmio Laureus World Sportsperson of the Year se juntando a outros 3 (três) brasileiros incluindo o Rei do Futebol, Pelé.



Para retratar a história de vida deste magnifico ser humano, peço licença a todos leitores, porque vou me valer de uma fábula pouco conhecida. Aqui vai ela com alguns retoques:



Fábula da rãzinha solitária: em uma floresta imaginária havia uma rãzinha solitária nascida no último verão. Cumprindo seu importante papel para o equilíbrio ecológico, a rãzinha vivia seus dias bucólicos à margem de uma lagoa até que ocorreu a primeira chuva do outono e neste dia conheceu outras centenas de rãzinhas iguais a ela e foram saltitando floresta adentro até se depararem com um grande balde de alumínio esquecido por algum retireiro distraído de uma grande fazenda que havia ali por perto. Neste grande balde havia leite fresco até a sua metade. Atraídas pelo cheiro do leite algumas rãzinhas saltaram para dentro do balde, inclusive a nossa rãzinha solitária. De repente, houve uma aglutinação de bichos em volta do balde, e a gritaria foi formada: uns diziam... vão morrer todas, outros gritavam... desistam, vocês não vão conseguir, outros ainda zombavam das pobres rãzinhas que lutavam desesperadamente, mas em vão, para obterem um salto maior e suficiente para tirá-las daquele ardil preparado pelo destino. Todas, infelizmente morreram, algumas até resistiram bem, outras morreram logo afogadas, exceto a nossa rãzinha solitária que continuou nadando, nadando sem parar, até que, surpreendentemente o leite coalhou e como todo leite coalhado, uma fina película se formou na superfície do leite, o suficiente para que ela desse um grande e último salto para fora do balde. Milagre? Destino? O que determinou o escape da rãzinha? Suas habilidades, sua determinação? Moral da história: a rãzinha era surda desde o seu primeiro dia de vida.



O nosso atleta, pelo visto, tal como a rãzinha da fábula nunca deu ouvidos às vozes a sua volta e principalmente, à voz interior; aquela que sempre diz que não somos capazes ou que é impossível ou não há solução que dê um jeito.



Em entrevista deste atleta de ouro a um canal de TV chamaram-me a atenção três características pessoais e uma atitude: 




  1. Sorriso estampado no rosto: chamo isso de sorriso de vencedor proveniente de uma alegria verdadeira vinda do interior do coração. "A Alegria do coração transparece no rosto, mas o coração angustiado oprime o espírito." Provérbios 15:13.


  2. Profunda gratidão a Deus: manifestada verbalmente e também pelas ações diárias na trajetória que o levou ao lugar mais alto do pódio várias vezes. "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." (1 Tessalonicenses 5:18).


  3. Consciência do propósito de Deus em sua própria vida: "Eu tenho certeza de que foi propósito de Deus que eu nascesse assim". (*) 


  4. Atitude"Eu decidi ser feliz" - palavras do próprio atleta repetidas várias vezes durante a entrevista. "O que você decidir se fará, e a luz brilhará em seus caminhos." (Jó 22:28).



                                                                                                                                       



As melhores palavras sobre um filho, como sempre, são as da mãe, no caso em questão, uma fiel seguidora do Deus da Bíblia: "Agradecemos a Deus por colocar você em nossas vidas, você é especial, é uma obra prima que Ele planejou."  



(*) No evangelho escrito pelo Apóstolo João encontramos o entendimento da frase proferida pelo atleta Daniel Dias: Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: "Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego? Disse Jesus: "Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele.” (João 9:1-3).



 



 



 Aplicação Prática:




  1. Você pertence ou já pertenceu a uma EAD - Equipe de Alto Desempenho? Como se saiu?


  2. Quantos colaboradores de alto desempenho tal como o atleta Daniel Dias há na sua equipe de trabalho?


  3. A sua empresa está investindo no desenvolvimento dos colaboradores ou está aguardando "o melhor momento"?


  4. Você dá ouvidos à voz interior no contexto do artigo ou age como a rãzinha da fábula? 



Você concorda com a afirmativa do atleta: "Eu tenho certeza de que foi propósito de Deus que eu nascesse assim"? Por quê? 



 



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