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Poesias-->FADA-MADRASTA -- 18/04/2003 - 00:40 (Morgana Meirelles) |
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FADA-MADRASTA
Na alma a raiva calada, amordaçada,
Disfarçada em sutis nuances
Para vencer a batalha
Que há muito no peito se trava
Na boca o riso ensaiado
De vários ângulos testado,
Adornado pelos dentes solidários,
Feitos estandartes,
A tentar maquiar a mágoa
Que os olhos teimam em mostrar
Sem querer acordo com o resto do rosto,
Transformado em perpétua máscara
Que esconde o semblante marcado
De muitas noites insones nas roletas
Loucas da vida e da sorte
Na mão estendida, os anéis dão o recado
Com o brilho do ouro em cascata
A refletir olhos gastos, nunca fartos
De esperar pela promessa
Que te mantém cativo
Dos meus caprichos
Será que ainda não percebestes
Que a sorte há muito foi lançada
Já me fugiu o controle da tua jornada
Só resta esperar pela próxima rodada
A anunciar o resultado da minha audácia
Que insiste em brincar de fada-madrasta
Toda santa e mágica madrugada.
MORGANA
Em : 16/042003
Rio de Janeiro/BR
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