O CURSO DO RIO
Não podem deter o rio!
Mesmo com mil comportas,
Que o rio é desafio
À areia e pedras mortas.
Na falsa imobilidade
Da água que se avoluma,
A ância da liberdade
Estremece, cresce e espuma.
Como deter-se o rio,
Se ele flui constantemente?
Se fica o bojo vazio
A espera da corrente?
Pensamento é ave livre
Em busca do arrebol,
Segue a corrente do rio
Que reverbera ao sol.
No esforço da arrancada,
Revolto o fundo do rio,
vem lodo, lama, lamento.
Vem sangue, suor e frio.
Importa sim, isto importa,
Mais que a vida ou vida morta,
É empreender a caminhada
A seguir a correnteza.
Tantos anos represadas,
Que a angústia mal suporta,
Surgirão as leis do rio:
Justiça, Trabalho, Certeza!
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Christina. Meu e-mail: christinacabral1@holmail.com
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