O deslinde de um sentimento
Adriana Oliveira (23/07/2001)
No encontro o deslumbre, encantamento do momento...
Mágico!!, fascinante!!...
Tudo instigava e se aguçava constantemente, maravilhosamente...
por dentro algo acontecia...limpeza, depuração...faxina...
onde antes habitava a dor, surgia o mais puro aroma do amor...um sentimento doce
por si só e terno em sua extensão...
Por quanto tempo???? Não se sabia ao certo, apenas a ânsia demasiada
da tênue alegria gritava, queria viver ali o tempo que fosse...
momentos doces foram vividos, maravilhando mais e mais a vida daqueles mortais...
que vislumbravam e buscavam um futuro melhor, mais tranqüilo e harmonioso para eles.
Oh!!! Pobres mortais, que por mais que tentassem não conseguiam se livrar de seus vícios...
ferozes, vorazes...que os consumiam e os torturavam....
queriam que a dor nunca mais existisse ali, naquele templo sagrado que criaram para
se restabelecer dos dias tortuosos por eles vividos...
E assim, seguiram cada um em sua luta conjunta, na tentativa de extirpar o mal que os impedia de se tornarem melhor...
Tudo se fez, mas muita coisa se desfez....e a dor e o amor co-habitaram o mesmo espaço.
Suportaram o que puderam, mas a limitação humana gerou desespero para ambos quando viram os seus sonhos, os quais construíram com tanto esmero, ruírem.
O céu escureceu e no paraíso radioso de esplendor houve um eterno silêncio,
um tanto mórbido, mas respeitoso... e neste misto de chuva e lágrima a dor do passado tomava forma novamente, desta vez com outra cara, mas com a mesma força, esmagando todo sentimento de um coração que não se cansa de sofrer por amar demais.
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