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Contos-->Era apenas um dia... -- 02/02/2003 - 23:48 (Bruno Dias Pereira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era apenas um dia, como qualquer outro dia. A noite já estava chegando e com ela vinha a perspectiva do que iria acontecer de novo: nada.
Saímos do trabalho, os dois no carro, nenhuma palavra era ouvida, apenas o som se manifestava, ela insistia em ouvir aquela maldita fita do Joy Division, não que eu teria alguma coisa contra o som do Joy Division, é que ela havia achado a fita em mais uma de suas malditas arrumações em meu apartamento. Olhei para ela com olhar de recriminação, para ver se ela percebia que algo não estava bem comigo, que aquela fita me incomodava, ela olhou para mim e perguntou que “diabos eu queria”, bom eu não era o único com ovo virado dentro daquele carro. Não falei nada, ela aumentou o som, isso dava a entender que não seria possível levar uma conversa.
Chegamos no prédio, como de costume entramos, guardamos o carro e subimos de elevador, dentro do elevador a tensão tomava conta do ar, eu estralava meus dedos sem parar(pois é esse era meu antigo tique nervoso), ela sabia que eu não estava bem, mas isso não ajudava muito, ela estava ainda pior.
Entramos em casa, cada um para seu canto, eu cheguei na sala, tirei meus sapatos(só Deus sabe como eu odeio sapatos), sentei ao lado do som, coloquei meu fones e dei play, aos poucos ia relaxando, nada como chegar em casa e ouvir minha música, naquele momento eu realmente sabia: estava em casa....
Sentado ali apenas observava os seus movimentos, seu rosto quando ficava irritada, o jeito como passava as mãos no cabelo repetitivamente, nos conhecíamos muito bem, também já eram 5 anos juntos, morávamos juntos, trabalhávamos juntos, talvez essa fosse a razão de tanto nervosismo...
De repente ela sai do banheiro em prantos, seu rosto estava vermelho, algo havia acontecido mas ela não queria me contar, tentei uma aproximação, cheguei por trás como sempre fazia e a abracei, perguntando o que aconteceu. Num movimento brusco ela me afastou, e desmoronou, seu choro era tanto que não saiu nenhuma palavra, tentei acalmá-la, aos poucos ela foi se abrindo, disse que as coisas haviam mudado, que eu andava estranho, havíamos perdido o tesão um pelo outro, que a rotina estava nos matando, conforme ia falando mais excitada ela ficava, estava completamente desesperada, em meio a mais uma crise de choro ela falou: “Estou grávida!”.
Aquilo veio como uma bomba, tentei me controlar, tentei não ficar chocado, mas minha cara de espanto era evidente. Não sei como aquilo havia acontecido, no começo era apenas mais um caso, começamos a sair, o negócio era legal, um ano se passou resolvemos morar juntos só pra ver se dava certo, afinal já éramos bem “grandinhos”. Um ano acabou virando 5, tínhamos virado uma pessoa só, mas de uns tempos pra cá as coisas não estavam bem, agora havia descoberto a razão.
Ficamos ali, um olhando para o outro, sem falar nada. Ela decidiu ir para o quarto, no caminho da sala para o quarto eu falei: Casa comigo! Não ouvi nenhuma resposta, talvez ela não tivesse ouvido, ai gritei: Casa comigo!
Fui em direção ao quarto e a encontrei chorando abraçada ao meu travesseiro, não tive mais nenhuma dúvida naquele momento: aquela era a mulher da minha vida...

Bruno Dias Pereira.
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