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Poesias-->Auto - Retrato -- 24/04/2003 - 20:43 (Ricardo L.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou o que sou enquanto sou, e nada mais

Minha capa é feita de cores magníficas

Tons claros que se entrelaçam criando a ilusão perfeita:

Sou humano, como todos os outros

E disso minha razão nunca desconfiou



Pouco importa por que me encontro:

A Causa Primeira morrerá implícita

Não importa quantos versos pintem

Quantas cores escrevam



Pouco importa quando me encontro:

A capa, ainda jovem, ofusca a verdadeira natureza

Do auto-retrato desta alma incoerente

Soterrada por um espelho, sufocada por palavras e imagens



Pouco importa o cenário em que me encontro:

Sapatos, cinzeiros com cinzas, roupas sujas e papéis jogados

Espíritos invisíveis, moléculas de ar, elétrons em êxtase

Estantes desarrumadas, caderno de telefones aberto na letra "E"

A disposição dos objetos é irrelevante para o quadro

Pintados aleatoriamente, nada significam

Sequer simbolizam o vazio caótico daquilo que veste a capa

Assim como a penumbra se sente impotente

Tentando ser a total ausência de cores



Pura e simplesmente me encontro, o espelho defronte

O castanho-escuro sobrepõe meu livre-arbítrio

Palavra por palavra, impelido a ouvir

Minha metade negra me consumir

Imagem por imagem vasculhar, ainda vivo

Escuros recessos do inconsciente primitivo



"Tu, que persegues a verdade inquietante de tua condição

Presa ao ciclo de necessidade, fartura e alívio, ansiosa pela fuga

Tu, que bebes na fonte de teu terror mortal

Buscando em teu íntimo aquilo que é sujo, incerto, impuro

Aquilo que não tem nome

Em teus demônios negaste a própria humanidade

Querendo compreender a dimensão da eternidade"



"Revelo, pois, a verdade das verdades:

O atalho e a estrada principal esboçam um mesmo quadro

Indiferente ao bem e ao mal, à vida e à morte

Indiferente à duração de tua caminhada e ao fardo da virtude

Caminhas em direção a um único ponto

Onde Tudo e Nada convergem em dimensões paralelas"



Assim permaneço, estático, compreendendo o Absurdo

O grito se condensa e lava as vitrines da alma

Como um suspiro de alívio ao refratar a luz

Não fossem os pensamentos aprisionados

Irreversivelmente, na memória do que vejo
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