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Cronicas-->Pedaços da Alma -- 24/10/2002 - 15:05 (Dum de Lucca Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

As palavras são quase inúteis. As frases e poesias perdidas no movimento da metrópole, na espuma das ondas do mar, na leveza da neblina das montanhas, nascem do meu coração e da minha cabeça. Às vezes elas estão mortas, como um grito que pára na garganta cortando o silêncio, atropelando figuras mágicas.
As palavras têm um invólucro especial e de alguma forma carregam amor, expressão, carinho e ódio. Desespero e medo. Ou, ainda, ansiedade e curiosidade. A poesia deveria ser todos os instantes da vida, até mesmo na morte. Um beijo cultivado na memória e desejado no futuro.
A poesia é como sensação de guerreiros élficos armados com eletrofótons, armazenando loucuras, silêncios e ausências. As paisagens poéticas desaparecem nas paredes do tempo eterno. Você deve observar que a distància não é um fim, mas um encontro. Como gaivotas voando para o passado de alguém. Duas estrelas brilham na escuridão e um beijo mistura línguas, saliva e dentes.
Quero te olhar de olhos quietos, quentes, que caminham lentamente em vários tons de amarelo e verde. A noite é um pedaço da vida. Estrelas nascem para morrer de manhã. Cavalos mansos invadem meus sonhos arrancando os abismos irremediáveis que existem em todas as almas. Discursos absurdos pelas ruas, olhos perdidos em todas as distàncias.
A paz tão perseguida, talvez inexistente. E a cabeça alucinada percorrendo os quadros nas paredes. Canções antigas transbordando em imagens como aves vorazes que caçam um pouco da dor de ser humano.
Amo os fragmentos que deixei pelo mundo, pedaços de viagens, palavras ditas e escritas, gestos e momentos, tristezas e alucinações. Yoga, ácido lisérgico. Pontas dos dedos roçando teu rosto na imaginação. Talvez possamos amar a vida com um profundo mergulho. Como gritos que invadem os campos, como aquele cheiro de chuva e terra. E, nesse universo de coisas perdidas, certas palavras são indecifráveis, como uma noite que não termina mais. Quando existe uma angústia silenciosa no fundo da alma a gente chora baixinho olhando a escuridão pela fresta da janela do quarto. Nesse caminho indecifrável que é a vida aproximamos pedaços da alma a madrugadas molhadas de frio. Alcançando um instante de profunda lucidez.
O tempo está em absurda verdade de gostar de alguém e mandar presentes poéticos. De estar vivo e existir. Caminhe pelas letras, elas guardam milhares de beijos que quero te dar. Podemos falar de palavras invisíveis e beijar com barulho. Dizer frases cortantes, dançar e entorpecer. Falaremos de como palavras são socos arremessados no ar.
Eu gosto de barulho de água, seja de cachoeira, de chuva, de chuveiro, e principalmente do mar. Como é que se explica esse momento. Todos os momentos são misteriosos. Lembro dos teus olhos, tão vivos como estrelas na total escuridão. Certas coisas são mesmo inexplicáveis. Você também deve achar. Mas, isso não importa, não é? Ou é?

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