Colibri beija as flores, bebe o néctar,
Não toca o chão.
Colibri pára no vento, retrato em movimento,
Difícil de revelar.
Asas hábeis, da ave linda, tecem luzes,
Cores, formas,
Usam traços invisíveis para nos ilusionar.
Vôo leve, maneiro, encantado,
Vôo ave fina linha,
Que nos faz deitar na vinha
Dos prazeres ciliciares.
Colibri deixa nas flores o hálito
E o início,
O começar de um vício
De seus beijos desejar.
Colibri, beija-flor maldito,
Parte logo, sem destino,
Sem saber se vai voltar.
Colibri, hoje espera
Uma nova primavera,
Outras flores desabrochar,
Para deitar seu bico.
Só lhe falta ser mamífero,
Deus criar-lhe um umbigo
Para seu ego piorar.
Alisson Castro.
*TODOS OS DIREITOS RESERVADOS* |