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Infantil-->A festa de Clotilde, a joaninha. -- 03/07/2002 - 16:24 (Mônica Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clotilde era uma joaninha muito simpática, que se relacionava bem com todos: flores, bichos e árvores da floresta.
Sua única tristeza era não conhecer uma joaninha macho para se casar, pois queria ter muitos filhos!
Depois de tanto esperar, resolveu fazer uma festa e convidar todo mundo da mata para tentar arrumar um pretendente.
Quando a bicharada soube que haveria um forró no clarão da mata, formou-se um alvoroço!
Os machos de todas as espécies solteiros se banharam e perfumaram entre flores e brisas para cortejar Clotilde.
Léo, o leão, já era meio velho e já estava perdendo a juba, mas não podia ficar para trás dos outros animais e depois de um banho demorado de inúmeras lambidas, foi tirar uma soneca para ir a tal festa.
Genival, o rinoceronte, vendo a alegria de Léo,se animou e se enfeitou, embora achasse difícil tão doce dama dar-lhe confiança e aceitar seu cortejo e anel.
Clotilde cuidou de tudo pessoalmente: contratou Rita e Rosa, as andorinhas, para a decoração.
Elas enfeitaram cipós com flores caídas no chão e decoravam a festa na maior alegria!
Zoraide, a coelha, era muito prendada e com ela ficou a tarefa de fazer os mais variados doces.
O vestido de festa tão especial era um desafio para Ronalda, a cotia costureira mais requisitada da floresta.
-Faço questão que seja bem rodado, de bolinhas brancas e fundo vermelho, com um laçarote, chapéu e bolsa pretos, para combinar com meus cabelos e sapatos, dizia Clotilde toda animada.
Os lobos, as raposas e leopardos se ofereceram para garçons e ganharam gravatas borboletas legítimas...eram as irmãs Serafina, Josefina e Clementina, que reuniram um bando de borboletas coloridas para um toque bem especial.
Tinoco, o macaco mais velho da mata, na autoridade de sua hierarquia, fora convidado para as funções de celebrante do casório, caso aparecesse alguém que aceitasse Clotilde como esposa e fosse de seu total agrado.
Renato, o ratão, ficou tão assanhado, que até ficou competindo com seu melhor amigo, o Tuninho, outro rato muito esperto.
O tal bafafá era tanto que a floresta trocou o dia pela noite e ninguém mais sabia a hora de dormir ou acordar.
A sábia Esmeralda, a coruja mais antiga daquela região, não cansava de suspirar e resmungava:
-Tanta confusão só para encontrar um marido!
Vejo doces, enfeites, vestidos e pretendentes o dia todo nesse corre-corre, mas se esqueceram do principal!
O silêncio foi total, como há muito não se via... e eis que meio aborrecida, Clotilde perguntou:
- O que esqueci, sua invejosa, se pensei em tudo?
-Esqueceste da iluminação, presunçosa! E se não for dia de lua na noite da festa? retrucou Esmeralda.
-É mesmo, a luz!!- gritou Clotilde alarmada.
Compadre Joaquim, que é bem conhecido na floresta, podia resolver isso contratando tantos quantos vagalumes encontrar para que venham brilhar na minha festa! E foi pedir a ele este pequeno obséquio.
E lá se foi o destemido Joaquim, um maribondo muito respeitado por sua inteligência e rapidez.
-E agora, sua velha coruja, o que posso ter esquecido? perguntou a joaninha debochando.
-De nada ou quase nada queridinha- retrucou Esmeralda no mesmo tom de deboche...
E quando ia a joaninha toda prosa, de nariz empinado, ela gargalhou bem alto e respondeu:
-Só falta mesmo a música! Ah! e o noivo, é claro.
E voltou a gargalhar da falta de modéstia da joaninha.
Clotilde deu meia trava, voltou-se, deu de ombros e continuou toda prosa.
Mas era verdade, embora não desse asas a torcer, havia se esquecido do principal para animar a festa: a música!
-O que vou fazer agora? Falta tão pouco tempo, preciso me arrumar para a festa, mas...como vou ter festa sem música?
Foi aí que Juca, o sapo da lagoa interferiu:
-Conheço uma dupla que canta bem e afinado: o cantor é meu primo distante e sua parceira é minha afilhada. Falava ele de Serenata e Cantoria, a dupla formada pelo seu primo grilo e a cigarra, sua afilhada.
-Claro que pode convidá-los, Juca!
Agora sim, a festa vai ser animada! E correu para casa, onde Ronalda, a costureira, a esperava.
À noite...
Tudo estava impecável! Oa cipós com flores, os vagalumes piscando, os doces na mesa e os convidados chegando.
Clotilde era alegria só...
Recebia de cada pretendente um presente, que entregava para Filó, sua tia-avó.
Logo, logo veio a dupla Serenata e Cantoria e a festa se animava, parecia até de dia!
Foi quando todos ficaram em silêncio, mudos, sem sequer piscar os vagalumes no cipó...vinha entrando Juvenal, o mais cobiçado joaninha macho do pedaço, com uma pedrinha que parecia um cristal.
-Me permite esta dança, Clotilde?- perguntou todo formal.
-Aceito toda comovida, respondeu Clotilde, aceitando também o cristal.
E dançaram a noite toda e outro dia até ter sol, foi quando de novo a lua e foi feito o pedido oficial:
-Clotilde, a senhorita me aceita como marido?-perguntou Juvenal.
Teve um sim como resposta e então agora já formavam um casal.
Tinoco, o macaco, fez as perguntas de praxe e logo os declarou marido e mulher.
Os outros pretendentes, entristecidos, se foram aos poucos, sumindo do local.
Os convidados se foram, acompanhados por Léo, o rei leão que era amigo e tal...
E sobre a luz do luar e das estrelas, nos cipós ornamentados, surgiram muitas joaninhas, deste casório tão comentado!
FIM
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