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Cordel-->EM CANAVIEIRAS EU VI -- 23/01/2004 - 15:57 (Antonio Albino Pereira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
EM CANAVIEIRAS EU VI
Autor: Antonio Albino Pereira

Conforme o prometido
Fomos nós a passear,
Lá em Canavieiras,
De frente para o mar.
No interior da Bahia,
E foi grande a alegria,
ao chegarmos no lugar.

Pit Roger foi concebido
Em Canes, como é chamada,
Depois foi pra Itabuna,
E de lá pegou a estrada,
Veio parar na capital
E aqui ele é o tal,
Brasília é sua morada.

Depois desta introdução
Vou direto pro relato,
Me perdoem, meus amigos,
Mas não vou pagar o pato;
Vou contar tudo o que vi,
Olhos abertos, não dormi,
Me perdoem o desacato.

Eu vi em Canavieiras,
Lá no Cavalo de Ouro,
Os Sungas de bermudas,
O show foi um estouro;
Nova schin pra enturmar,
Depois foi só dançar,
Sem vela e sem choro.

Fui eu e foi Carol,
Nesta festa animada,
Clécius Nerby também foi
E não deu uma risada;
Pit Roger foi “mamado”,
E com Rei, conjuminado,
Tomou todas as geladas.

Em Canavieiras eu vi
Stella Maris, a pousada,
Excelente atendimento,
Gente boa, a moçada;
Dona Klélia é simpatia,
Senhor Gil, só alegria,
A cerveja bem gelada.

A turma do atendimento
Não parou pra descansar,
De tanto ir e vir
Pra mais cerveja buscar;
Cileno, Osmário e Miguel,
Zanzaram mais que bedel,
Para os pits agradar.

Um deles andou bem mais,
Cileno, o cabeção,
Apelido carinhoso,
Não precisa apelar não!
Satisfeito ele ficou,
Foi quando observou
Pit rei e seu cranião.

Pra comer tinha moqueca,
E cerveja pra beber,
Caipirosca e campari,
Mariscada com dendê;
Casquinho de aratu,
Caldo de sururu,
E pimenta pra arder.

Escabeche, isca de peixe,
Um caldinho de feijão,
Carne do sol, queijo assado,
Caranguejo e camarão;
Guaiamum, água de coco,
E se tá achando pouco!
Robalinho e macarrão.

Teve também a cabidela
Que pit Nelson encomendou,
De tanto que desejava
À noite inteira ele sonhou,
E quando serviram a bruta,
O pit foi à luta,
Nem a cabeça sungou.

Também teve feijoada,
Num sábado, pra variar,
Convidamos primo Júlio
Para a delícia provar;
Mais uma vez comemos,
E ainda bem mais bebemos,
Ninguém conseguiu jantar.

Curtindo “saliva doce”,
Cerveja bem caprichada,
O mais delicioso pastel,
Um mocotó da pesada,
Ana Keyla e Yaguinho
Traçaram o pastelzinho
Com tubaína gelada.

A lagosta não vi por lá,
O robalão também sumiu,
Diz o homem do lugar
Que exportou para o Brasil;
Mas cerveja não faltou,
Tanto um pit entornou
Que na cadeira ele dormiu.

Isto foi no Boulevard,
Depois do dito show,
Foi só o homem sentar,
E os olhos ele fechou;
Foi lá no cais do porto,
Era um pit quase morto,
E tranqüilo ele roncou.

Noutro dia sucedeu-se
Um caso particular,
Pit Roger tomou todas
E voltou pro Boulevard;
Depois de muita birita
Fomos para o MC Vita,
Bate entope pra traçar.

Mas antes do sanduba,
Já todos acomodados,
A pochete tinha sumido,
O home ficou avexado;
Pro hotel vamos ligar,
Tava sob o frigobar,
No quarto tinha ficado.

Depois desse acontecido,
Foi só felicidade,
Sanduíche e cerveja
Lá no centro da cidade;
Conhecemos a capelinha,
Umas cinco pracinhas,
Ficamos à vontade.

Ano novo lá no Rubens,
Barraca bem recomendada,
Tudo certo já de véspera,
Duas mesas reservadas;
Mas foi muito diferente,
Sem comida, cerveja quente,
Foi grande a enrascada.

Só na ficha se atendia,
E um garçom particular,
Fanhoso e sorridente,
Só sabia nos cobrar;
Não atendeu foi nada,
Era garçom de fachada,
Só queria engabelar.

Passado esse vexame,
Já no ano seguinte,
Fomos pro Caravelas,
Barraca de requinte,
Lá a coisa engrossou,
Pit Nelson fera virou,
Não contou nem até vinte.

Lá na barraca do índio
Fomos bem recebidos,
Cerveja a lá vontê,
Estávamos bem servidos;
Tinha casquinho de aratu,
Até doce de caju,
Saímos agradecidos.

Os meninos e meninas
Tatuagens encomendaram,
Dois pits corajosos
Também as solicitaram;
Num, pitbull meio artista,
No outro um tribalista,
Meio boiolas ficaram.

E pra completar a figura,
Rei botou um tererê,
Na orelha um brinquinho,
Só vendo pra gente crer;
Depois chamou o Alegria,
O nosso taxista do dia,
E foi pra cidade beber.

Não me lembro de tudo
Que por lá ocorreu,
Mas conto o que vi,
Do jeito que aconteceu;
Não quero correr perigo,
Nem ofender o amigo,
Mas que culpa tenho eu?

É promessa tenho dito,
Por isso vou contar,
A ocorrência no avião,
Na ida, daqui pra lá;
Aeromoça, que beleza,
Com toda delicadeza,
Ela veio lhe falar.

Até aí nada demais,
Todas elas são bonitas,
Mas seu nome era Leandro,
Lá do sul era a cabrita,
Tratou Rei com carinho,
Roçando em seu joelhinho,
Com calor na periquita.

Lá de Canavieiras,
Para Ilhéus esticamos,
Hotel Aldeia da Praia,
Lá nós nos hospedamos;
Malas no quarto guardadas,
Sem esperar mais nada,
Para a praia rumamos.

Era hora do almoço
E a fome nos invadia,
Na primeira das barracas
Sentamos com alegria;
Pedimos vários pratos,
E o pit lá de Patos
Comer um filé queria.

Esperamos ansiosos
Naquela barraca bacana,
Petisco pra beliscar,
E tome muito mais cana;
Lhe serviram filé com coento:
-Isto eu não agüento!
O pit rodou a baiana.

Depois desse acontecido,
Foi só comemoração,
À noite, na pizzaria,
Devoramos um macarrão;
Lazanha e filé sem coento,
Esqueceu-se daquele tormento,
Ficou só pra gozação.

Vesúvio nós visitamos,
Estava super lotado,
Uma mesa conseguimos
E ficamos admirados,
De ver nossa Gabriela,
Ancuda, sem cravo e canela,
E seu Nacib enciumado.

Ainda falta falar
De outro dorminhoco,
Seu nome não vou contar,
Porque não sou tão louco;
Foi numa espreguiçadeira,
Dormiu a noite inteira,
E ainda achou pouco.

Na barraca do Luan
Matamos a nossa sede,
Cerveja e mais cerveja,
E a Circe comprando rede;
Márcia, com um copo na mão,
A Judi, no camarão,
E na água de coco verde.

Em Ilhéus teve comida,
Mas não muito diferente
Daquilo que comemos
Nos dias antecedentes,
Um belo dia enchi o bucho,
Lá no recanto do gaúcho,
Comi mais que muita gente.

E o amigo que lê isto
Pode até se perguntar:
-Ele só fala de comida,
Não tem nada pra contar?
E eu lhe dou como resposta:
-Você também não gosta?
Não possui bom paladar?

Falar das outras coisas,
Desse lindo nordeste,
É besteira, todos sabem,
Lá só tem cabra da peste;
Muito mar, água salgada,
E uma bela mariscada,
Sua beleza é inconteste.

Eu já ia me esquecendo,
Mas Pit Rei não esqueceu,
Na volta pra Brasília,
Um fato novo sucedeu;
Micro ônibus esperando,
Pit Roger demorando,
Té qui fim apareceu.

Calça jeans e sapatilha,
Até aí tudo normal,
Mas a camisa do danado,
Era mais que carnaval;
Cheia de coqueirinhos
E outros tantos enfeitinhos,
Era o Tatoo do litoral.


Já cansado encerro aqui
Este causo sem veneno,
Não ficou tão engraçado,
Acho que máomeno;
Mas lhes digo sem rodeio,
Quando tem pit no meio,
O furdúncio não é pequeno.










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