INSÔNIA
Essa saudade que me antecede
Essa agonia que não sossega,
Essa lágrima que não seca,
Esse pranto que não cessa,
Essa sede de ti que me resseca
Essa música que me persegue,
Essa mágoa que me embrutece,
Essa dor que me cega,
E me renega e eu te nego
E te navego,
Em ondas súbitas de euforia,
Em mergulhos profundos de
Nostalgia
Esse querer insano, obsceno,
Quase obsessivo,
A brincar com meu juízo
Que teima em desenhar
Teu sorriso
Visão que me arremessa
No fundo dos teus olhos,
Cheios de promessas,
De um tempo sem arestas
E me faço planície de mansidão
A distrair a insônia que insiste
Em fazer serão e me assombrar
Nas noites de solidão
É então, que esgotada
Me obscureço
Nessa lembrança sem esperança
E com este ânimo do avesso,
Adormeço
MORGANA
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