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Infantil-->O COELHO CONTADOR DE HISTÓRIAS -- 05/07/2002 - 10:25 (LUIZ CARLOS LOCATELLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O TEXTO A SEGUIR É UMA PEÇA DE TEATRO PARA CRIANÇAS. ELEBORADO PARA BONECOS.


O COELHO CONTADOR DE HISTÓRIAS.

Texto de: Luiz Carlos Locatelli
Para teatro de bonecos

Personagens principais:

Um coelho:
Uma coelha:

Personagens secundários:

São os personagens na história que eles vão contar. Serão representados por objetos de uso escolar. Mas cada um tem um figurino extra. (cartola, gravata, pintura etc.)

CENA 01:

Uma coelha entra pelo meio da garotada, cumprimentando a todos. Dando as boas vindas por estarem visitando a casa deles.

COELHA:
Olá garotada do meu coração! Estão todos bem confortáveis? Fizeram boa viagem? Muito bem. Quero agradecer a bondade de vocês em virem nos visitar. Eu a Coelha Fofinha, e o meu... ( vergonha ) é, e o meu... (mais vergonha) o meu amigo, o coelho Feliz. Ficamos muito gratos por vocês virem até aqui. Por isso vamos contar uma história muito interessante para vocês. É uma história que aconteceu há muitos anos, com um coelho que não respeitava as ordens, nem os pedidos que os pais e os mais velhos faziam.

A coelha chega perto da banca. Pega alguns objetos que se usa na escola e explica.

COELHA:
Antes da história quero explicar a vocês como vai funcionar a nossa história. Cada objeto desses, representa uma personagem da história. Por isso, preciso que vocês prestem muita atenção, para entenderem direitinho a nossa histórinha.


CENA 02:
O coelho Feliz sai de trás da banca e põe a cara, está com muito sono. Cochila um pouco e faz sons com a boca.

A coelha olha para ele um pouco depois fala:

COELHA:
Mas é um preguiçoso mesmo. Nem parece que tem o nome de feliz. Vive dormindo. É a sua vez de contar a história Coelho Feliz. Acorda preguiçoso.

A coelha convida a todos para acordar o coelho.

COELHA:
Eu quero que vocês me ajudem a acordar o coelho Feliz. Mas sem fazer muito barulho. Porque é falta de educação fazer barulho em sala de aula. Certo. Repitam comigo. (ela cantarola) Levaram a cesta de cenoura do Feliz.

TODOS:
Levaram a cesta de cenoura do Feliz.

COELHA:
Comeram as cenouras do Feliz.

TODOS:
Comeram as cenouras do Feliz.

O coelho não acorda. Ela faz sinal de psiu e chega perto da orelha do Feliz. Com uma pena de galinha ela cutuca a orelha do coelha. O coelho se mexe com cócegas. Repete a cena. O coelho dá uma gargalhada dormindo. Ela repete, e ele dá uma gargalhada muito forte que acorda. A coelha tira a pena com rapidez. O coelho continua gargalhando. Percebe que está dando um vexame. Para de rir aos poucos e fica muito sério. Ele pega um óculos de coelho, coloca no rosto. Pega um livro. Limpa um pigarro.

COELHO:
Onde paramos mesmo?

COELHA:
Não paramos em lugar nenhum. Nem começamos. Falando nisso, é a sua vez de começar.

COELHO:
Sério?

COELHA:
E eu estou aqui para brincadeira?

COELHO:
Sei lá. Vai que você imagina que está dentro de uma creche e quer divertir as crianças.

COELHA:
Não estamos dentro de uma creche. Mas há alunos de uma creche aqui. Entendeu?

O coelho dá um sorriso, faz cara de inteligente.

COELHO:
Claro que eu sabia. Eu só estava testando a sua inteligência.

COELHA:
Está bem. Então comece a sua história logo, as crianças estão esperando.

COELHO:
Então vamos lá.

CENA 03:
Sobre a banca estão os objetos que servirão como personagens para a história. Lápis, caneta, borracha, apagador, colher, garfo, frutas, etc.

A coelha e o coelho manipulam os objetos de acordo com o desenvolvimento da história. As vozes vão sendo feitas por eles mesmo, sob a visão do espectador.

O coelho pega uma cenoura que está na banca.

COELHO:
Esse sou eu. (pausa) Quer dizer é O coelho Prigui. É sobre ele que vamos falar.

A coelha pega uma colher.

COELHA:
E essa é dona Limpinha, a mãe do coelho Prigui.

Prigui está deitado dormindo uma soneca. Limpinha anda em volta. Olha para um lado e para outro.


COLHER:
Mas que desaforo! Todos os meus filhos na lavoura colhendo alimentos e o Prigui aqui dormindo. Só porque é o mais bonitinho? Não, isso não pode ficar assim. Acorda prigui e vai trabalhar.

Limpinha sai para trás. Prigui levanta a cabeça um pouco, dá uma bocejada.

PRIGUI:
Parece que tinha uma abelha zunindo na minha cabeça, será que ela queria me ferroar?

COLHER:
Muito bonito prigui, o que o senhor tem para me falar sobre isso? Porque não está no trabalho?

PRIGUI:
Pensa comigo mãe. Pra que trabalhar? Se eu preciso de comida para comer, os meus irmãos trazem, se eu preciso de cama para dormir eu tenho, se eu preciso de escola eu...

COLHER:
Você não vai. É tão preguiçoso que nunca consegue acordar cedo para ir á escola. Os seus irmãos já estão bem mais adiantados.

PRIGUI:
Mas será que escola é importante mesmo? ( para a turma) A escola é ou não é importante?

A criançada responde.

PRIGUI:
Porque?

Respostas das crianças.

PRIGUI:
Eu acho uma bobeira esse negócio de escola, em todo o caso...

O coelho levanta-se e vai saindo.

COLHER:
Que bom que você me ouviu. Vai para a escola, depois para o trabalho ajudar os irmãos.? Você é um menino muito inteligente, muito obediente, aprende fácil a lição.

Ele interrompe.

PRIGUI:
Que nada mãe! Vou tirar uma soneca em outro canto, para não ficar escutando as suas reclamações.

O coelho sai.

COLHER:
O que eu faço com esse menino? Ele tem que mudar seus hábitos e pensamentos. Ele precisa se transformar num coelho decente. Num coelho que valoriza a vida. Num coelho de verdade.

Black out.

CENA 04:
Eles colocam os objetos sobre a banca.

COELHO:
Credo que Coelhinho mais chato esse tal de Prigui. Porque será que o nome dele é Prigui? Vocês sabem?

Repostas das crianças.

COELHA:
E você tá ficando igualzinho. Não é crianças? Esse coelho aqui não está ficando preguiçoso como o prigui?

COELHO:
Eu não sou assim não. É que ontem a noite eu trabalhei muito. Fiquei a noite inteira acordado. Por isso estou com sono.

COELHA:
É verdade, você estava entregando... Chi, isso eu não posso falar. Vamos continuar a história.

Voltam a pegar objetos.

Black out.




CENA 05:

COELHO:
Numa noite, de verão. Um temporal se aproximava.

Efeitos de trovão e vento.

COLHER:
Prigui, os seus irmãos estão muito cansados, Vá lá fora e cubra os alimentos que eles colheram durante o dia.

PRIGUI:
Eu já cobri mãe.

PRIGUI:
Cobriu mesmo, tem certeza?


PRIGUI:
Já cobri sim, está muito bem coberto.

A mãe se afasta.

PRIGUI:
Cobri coisa nenhuma, acha que eu vou perder o meu tempo em cobrir um monte comida? Eu não. (cochila).

O temporal aumenta.

COELHO:
E a chuva veio em grande quantidade. Era muita chuva mesmo. Parecia que o teto da toca ia cair de tanta chuva. E No outro dia...

A coelha pega um Lápis e vai de encontro a Prigui.

LÁPIS - PAI:
Meu filho, você viu o que fizeste? Nossa comida de todo semestre está perdida. Acho que vamos passar fome esse resto de ano.

Prigui acorda assustado.

PRIGUI:
Mas o que foi que eu fiz? Eu não fiz nada.


LÁPIS - PAI:
Isso mesmo. Não fez nada. É um irresponsável. E agora, o que vamos fazer?

Prigui apenas olha, e se abaixa.

PRIGUI:
De que forma poderei consertar esse meu erro?

LÁPIS - PAI:
Eu não sei ainda. Mas Vai ser de uma forma bem dolorida. Pois é só com a dor que as pessoas descobrem o verdadeiro valor da vida. O verdadeiro valor do trabalho, o verdadeiro valor da obediência.

Ouvem os batidos de palmas.

LÁPIS - PAI:
Quem será? Pode entrar.

Uma caneta e uma borracha escolar se apresentam:

CANETA:
Sou da sociedade da consciência abalada e vim aqui para dar um conselho. Ou seja tentar escrever uma nova história para o pequeno Prigui. E digo, é melhor que os problemas se resolvam entre família, para que o seu filho não fique mal visto.

PRIGUI:
Como você sabe da minha história?

BORRACHA:
Sabemos muito mais do que você pensa. Tenho a missão de apagar os erros. E estou aqui para isso. Quero ajudar você a apagar os seus erros, para que escreva uma nova história daqui para frente.

CANETA:
Podemos até mudar o seu nome.

PRIGUI:
De Prigui para Coelho Feliz.?

CANETA:
Quem sabe.


PRIGUI:
Oba, eu topo. O que devo fazer?

CANETA:
Recuperando os alimentos que você fez a família perder.

PRIGUI:
Como?

CANETA:
Vai distribuir presentes para todas as crianças do mundo na véspera da páscoa.

BORRACHA:
Dará a elas, um sopro de alegria. As crianças que representam o futuro de todas as nações.

CANETA:
Fará com que seus filhos, depois netos façam o mesmo. E que isso se transforme numa tradição, mas sempre com a seguinte mensagem: FELIZ RENASCIMENTO, FELIZ PÁSCOA.

BORRACHA:
Fazendo e dizendo essas palavras, você estará fazendo com que as pessoas acreditem mais na força de Deus, e da renovação.
PRIGUI:
Oba, vai ser um tarefa árdua, mas vou cumprir. E garanto que manterei a tradição.

LÁPIS – PAI:
Com isso, os seus alimentos estarão garantidos. Pela força do seu trabalho.

Colocam os objetos.

COELHO:
Naquele dia, e naquela noite o coelho Prigui distribuiu ovos de páscoa para todas as crianças da terra. Quase todas, porque tem algumas que o coelho as vezes não consegue encontrar o endereço.

COELHA:
E ele mudou de nome para Coelho Feliz.?



COELHO:
Claro, e todos os seus sucessores. Foram levando o mesmo nome.

COELHA:
É por isso então que você se chama, Coelho Feliz?

COELHO:
Isso mesmo. Daquele Dia em diante, a vida do coelho mudou nos dias que antecedem a páscoa. Agora temos essa bela missão. Distribuir ovos de chocolate para todos a que são endereçados. Só que eu estou com um problema bem grande para resolver. Ainda não estou conseguindo encontrar os endereços de todas as crianças da terra.

COELHA:
Você então não entregou todos os ovos da páscoa ainda, para todas as crianças?

COELHO:
Infelizmente não. Sabe o que é. Eu só consigo encontrar os endereços das crianças se elas tem boas notas na escola, respeitam os pais e os mais velhos. Rezam ou oram todas as noites antes de dormir.

COELHA:
É Verdade. Só conseguimos encontrar as crianças que fazem tudo isso.

COELHO:
Entenderam, é preciso acreditar na história do Coelhinho para que ele acredite em vocês. Acreditem nessa mensagem que ele acredita na sua sinceridade.

COELHA:
E assim termina a nossa História. A história do Coelho Contador de Histórias. Um beijo.

COELHO:
Um beijo meu também.

Aqui termina o espetáculo.

FIM.

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