Usineiros!
Não sou daqui, sou de longe.
Nem conheço esta gente toda. São literatos, profetas, poetas assumidamente homossexuais e homossexuais assumidamente poetas, meninas que falam de sexo com a maior naturalidade, panfletários, ensaistas, contistas, cordelistas, gente da mais elevada capacidade, dotados do mais alto grau de inventividade, lucidez e discernimento, são talentos vivos desfilando em meio aos anônimos, loucos e perdidos.
Não sou daqui, sou de mais além.
Não conheço ninguém. Faço meus versinhos mixurucas, minhas mixórdias desconexas (redundância), até com certo receio de que alguém leia algo, se indigne, proteste e me desça o cacete. Já fui até chamado de cachorro porque cometi o delito de falar das dimensões do clitóris. Bem, mas antes a vaia do que a indiferença e antes a indiferença do que o soco. (eu penso! Eu penso?)
Se penso, peço: Deixem-me entrar na comunidade! Falem comigo! Escrevam para mim alguma coisa, qualquer coisa vale (menos chamar de cachorro). Sei que eu não tenho talento, mas gosto desta dinâmica, deste convívio sadio, desta troca de energias, de impressões, reflexões. Estou calado e quero ter com quem falar, prá quem mandar meus e-mails, integrar-me a esta comunidade virtual, saber o que rola fora de meu mundo pequeno, limitado.
É o seguinte, eu sei que esta cartinha saiu com cara de apelo de suicida, mas não é nada disso, só quero ter um pouco de acesso a este universo fantástico que parece-me tornou-se esta Usina.
Estou aqui, observando...
Saudações!
A todos, carinho e respeito!
E (como dizia o RRusso) Força sempre!
E se a ninguém interessar, "Valeu pela intenção da semente" (Henfil)
Carlos Alberto Coelho
|