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Poesias-->EU -- 10/09/2000 - 18:47 (Marcello Shytara) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
EU



Num tremendo terremoto

Rochas rolavam

No passado remoto

Águas se agitavam

Buracos no solo

Fogos cuspiam

Misturando-os a um caldo

Sobre a terra num jogo

E junto a uma substancia

Desconhecida fixou



Milhares de anos se passaram

Trovões e relâmpagos ali transformaram

Dando vidas a particulas

Tão pequenas invisíveis!

Que tornaram incríveis

Seres grandes



Tão confusas eram as temperaturas

Que formaram na água, diversas criaturas.;

Dum mundo vazio e hostíl

Surgiu uma vida viríl



Aos poucos por terra marcas apareceram

Por tantas devastações, tantos pereceram...

Outros com força maior sobreviveram

Adaptando-se a violentos ambientes

Escaparam de terríveis acidentes



Deu-se por várias especímes

Teus gritos sobrevoaram o espaço

Tão forte quanto o aço





Os que não entendiam, atacavam com ódio!

Estavam eles esquecendo de seu primórdio

Fazendo surgir a primeira lei

A lei do mais forte

Com ela veio a morte

Para aqueles de pouca sorte







A natureza tão pródiga e bela

Criou diversas feras

Com o passar do tempo modificaram-se

Nestas mudanças surgiu a mais bela das criaturas

Que deixando das matas a proteção

Passou a caminhar sobre o chão



Um desafio vinha a cada minuto

O tempo sem esperar

O obrigou a acelerar

Suas evoluções no mundo

Deixando dentro deste, uma herança...

Capaz de destruir qualquer esperança...



Do corpo curvado

Á ausência da ambição

Do corpo emplumado

Não existia tentação

Do convívio enturmado

Não havia traição



Caminharam pelos quatro cantos

Infelizes ficaram pelo desencanto

De sua escrava liberdade

Pois, presos estavam pela gravidade...

E choraram...



Parentes se separaram

Os que ficaram

A terra semeou

A sede saciou

E a fome erradicou



Novos mundos começaram

Os de corpos curvados

Foram no crepúsculo ceifados



Os de corpos elásticos

Tornaram-se erectus

Nesta posição muito práticos...

Revolucionaram a si mesmos



De erectus a sápiens

Vem a escrita

Vem a matemática

Vem a moeda...



Com ela: a maldição da ambição

Com a crença da fé

A escravidão

Da traição...,Também a ficção



Começou a ter suas paixões

Na vida construiu suas invenções

Descobriu elementos para o bem

E para o mal também



O ar dominou

O fogo controlou

A água escravizou

E a terra modificou



O planeta a sentir começou

E ao progresso entregou

Seus mistérios para serem desvendados

Malditos modelos inventados



Coisas pesadas voam pelos ares

No solo enterraram elementos nucleares

Para uma festa particular

E o imbecil, a SI simplesmente, eliminar...



Das canções maravilhosas do amor

Restaram apenas, fome, frio, morte e terror...

Doerá na mais bela criatura, o coração...

Que viverá a refletir num clamor

Chorando, jogado ao chão...









E a natureza transformada

Não mais semeará

O que deixou de viver neste planeta

Eternamente

A mais bela semente





Shytara

São Paulo, 10
05
85.









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