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Poesias-->Perrault: O aziago -- 10/09/2000 - 19:20 (Marcello Shytara) |
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Perrault: O aziago.
Pelo vazio de tua ausência
Fugiram-me todos os sonhos
Deixando-me em eterna vigília
A agonizar pelos meus feitos sombrios...
Nas ondas deste meu vermelho mar
No cansaço da matéria
Naufraquei no fluxo de minha artéria
Vérmina passagem, a complacência da alma...
Ôh...Deveria ser fita rapida
Deveria ser dito de fato
O aziago do Perrault
E envergonhado eu o sou
Por este conto só de ida
Olho para os quatro cantos
Vejo água, água eterna, inepta...
Á contemplar minha azáfama
Na lágrima que beijei
Senti toda a solidão da alma
Na pressa feita a fama
Lançado fui no polo norte da alma
Prolongando o dia eterno no cismar
Sozinho, navegando, sozinho neste bravio mar...
Oh! Enfim tece véu das trevas
Com a noite de cabeleira
Tingida, afinal de neve!
Inflama ainda mais...E meu sangue ferve
Naufragando nau por este mar mal
Dominado pelo ser vegetal
...Á sinfonia das marés
O aplauso das rochas, ser inanimado...
Marcello Shytara
São Paulo, 10/99.
Quando naufraga nau por um mar de intolerâncias,
Concebido pelos impiedosos.
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