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Infantil-->OS SEGREDOS DA ÁRVORE MILENAR -- 05/07/2002 - 10:28 (LUIZ CARLOS LOCATELLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O TEXTO A SEGUIR É UMA PEÇA TEATRAL PARA BONECOS.

OS SEGREDOS DA ÁRVORE MILENAR.
Texto de: Luiz Carlos Locatelli

Narração:
Estamos no ano de 1999, início da primavera.
Tempo das flores. Dos jardins floridos. Tempo das abelhas.
Época em que nossas árvores também florescessem e exalam o mais delicioso perfume. E sob essa beleza sem fim, os pássaros fazem festa nos galhos das árvores e por entre elas. É o início de outra boa safra de frutos e sementes para continuar fecundo os dons da natureza.

Cena 1:
( nesse instante uma luz forte começa a piscar no alto dos bastidores, e vozes começam a ser ouvidas)
Et:
Mim estar com medo. Mim estar com medo. Mim estar com muito medo.
Pato:
Ho, não se preocupe, eu sou o pato. O pato das galáxias. Mestre do universo.
Et:
É disso que eu tenho mais medo. Help, help. SOS, SOS. Mim continua com medo. Mim estar com medo.
Uma nave atravessa o palco piscando em todas as cores.
Pato:
Que planeta é esse que nós estamos? Não consigo identificá-lo mesmo tendo toda essa tecnologia ao nosso alcance.
Et:
Mim acha que é a terra, mim acha que é a terra.
Pato:
Porque você acha que é a terra?
Et:
Tem muita fumaça. Poluição. Muitas florestas sendo queimadas. É pura destruição.
Pato:
Chi, acho que vou dar uma paradinha, precisamos abastecer. Será que tem casca de bananas nesse planeta?
Et:
Mim estar com medo, mim estar com náuseas. Mim vai vomitar.
Pato:
Em mim não, seu Et nojento.
Se desgovernam e caem, causando um barulhão.
Pato:
Está vendo o que você fez? Pela milésima vez você vomita em mim quando vamos aterrizar, e eu perco o controle. Desse jeito não vamos ter nave para voltarmos ao nosso tempo.
Cena 2:
Palhaço: (entrando assustado, procurando algo)
O que foi isso? Será que estão soltando bombas por aqui Totó?
Totó:
Sei lá, acho que é a minha barriga roncando de fome. acho que as tripas maiores tão querendo engolir as menores, aí fica essa briga danada dentro da minha barriguinha.
Palhaço:
Se for a tua barriga, tem é um trem de ferro passando aí dentro. E com todos os apitos ligados. Pelo tamanho do barulho.
Totó:
O único trem que tem aqui dentro da minha barriguinha, é aquela batata doce que você me deu no almoço.
Palhaço:
Hum, bem que eu desconfiei.
Papagaio:
(entra voando) Totó, palhaço, totó, palhaço. (cansado)
Palhaço:
O foi Tombinho, fala?
Papagaio:
Eu estava lá no bosque e vi.
Totó:
Eita sô, mais viu o que?
Papagaio:
Eu vi, era bem grandão.
Palhaço:
Bem grandão?
Papagaio:
Do tamanho de um prédio.
Palhaço:
Será que morde?
Papagaio:
Sei lá.
Totó:
Será que não dava para vos me ceis me espricar o que tão falando. Eu já tô ficando meio abobadinho.
Papagaio:
É que eu vi um negócio muito estranho caindo lá bosque. Tinha luzes piscando por todos os lados, parecia coisa do outro mundo.
Totó:
Epa, essa história não está me cheirando bem.
Palhaço:
Também do jeito que você come batata, é claro que não vai cheirar bem. E me parece que dessa vez o cheiro está muito forte, o que foi que você fez?
Totó:
É a minha emoção. Ela forma aqui no meu peitinho, desce um pouquinho, faz um reboliço danado cá embaixo e depois pummmmmmm. Sai.
Papagaio:
Não precisa exagerar no pum, não é Totó?
Totó:
Escapou.
Palhaço:
Voltando ao assunto sério, e no objeto que você viu papagaio, tinha gente? Quer dizer, ets?
Papagaio:
Sei lá, não esperei pra ver. Sai de lá voando feito um corisco.
Totó:
Pode ver que tem alguma coisa escorrendo pelas pernas do papagaio, eu garanto.
Palhaço:
Para de falar besteiras totó, será que você não pensa em outra coisa?
Totó:
Então vamos ver que bicho é esse. Prá ver em que bicho vai dar.
Palhaço:
Eu topo.
Papagaio:
Só se for para ir todo mundo.
Palhaço:
Mas o resto da caravana está dormindo. Eles estão descansando para armar o circo amanhã bem cedo.
Totó:
Então vamos só nós mesmo. Em pouca gente é mais fácil de correr se precisar, não é?
Todos:
Apoiado.
Cena 3:
Chefe:
Eu não sei porque fui aceitar esse serviço de novo. Dá última vez que nós estivemos aqui, você sabe muito bem o que aconteceu.
Sé:
Aquela árvore despencou a falar, depois andou pra lá e Prá cá. Chutou a sua poupança, coisa do outro mundo.
Chefe:
Fiquei tão apavorado que cheguei a fazer necessidades fisiológicas na roupa.
Sé:
E nos três estados físicos não é chefe? Sólido, liquido e gasoso.
Chefe:
Pois é, e agora estamos cá novamente procurando um lugar apropriado para derrubarmos umas árvores novamente.
Sé:
Só que desta vez é para construir uma fábrica de venenos, não é chefe.
Chefe:
Venenos de todos os tipos.
Sé:
Bem que eles podiam construir essa fábrica de veneno em outro lugar...
Chefe:
Mas não. Eles escolheram esse local. E nós fomos contratados para limpar esse local e é isso que vamos fazer. Vejamos o mapa.
Sé:
Mas nós temos que tomar muito cuidado chefe, vai que aparece outra árvores falante e andante por aqui, e jogue um feitiço na gente.
Chefe:
Deixe de ser bobo sé do gancho, nós não somos homens não.
Sé:
Homem eu sou, mas eu quero ver quem é que fica tranqüilo com uma árvore falando no teu ouvido o tempo todo?
Chefe:
Relaxa homem, não vai acontecer nada. Olha, o lugar é por ali, vamos. (saindo) Acho que estamos perto de começarmos a derrubar essas árvores, basta encontrar o local correto. E assim nossos patrões poderão construir a fábrica de venenos sem problemas.
Cena 4:
Totó:
Vamos parar um pouco. Preciso descansar meu esqueleto. Afinal das contas eu também sou feito de carne e osso. Certo que é mais osso que carne, mas o que isso importa, não é?
Palhaço: (encosta numa árvore, olha)
Gente do céu, vocês não sabem o que eu encontrei?
Totó:
Claro que não. Seu soubesse, quem teria achado era mim mesmo.
Papagaio:
O que é?
Palhaço:
Uma árvore
Totó:
Uma arvore?
Papagaio:
Uma árvore?
Palhaço:
Uma árvore!
Os dois:
Mas isso nós também achamos.
Totó:
Só aqui, eu estou vendo mais de mil. Olha, uma, duas, três. Dez, trinta e quatro. Quarenta e nove, cem, cento e nove, mil.
Papagaio:
Eu estou vendo, mil vezes mil.
Palhaço:
Eu encontrei a árvore milenar. É a única no mundo todo.
Totó:
Ai que lorota, que conversa boa. (bis)
Papagaio:
Que palhaço mais desaforento! Falar que só existe uma árvore igual a essa no mundo inteiro... ou seja só essa.
Palhaço:
Ela é um símbolo. Ela representa todas as florestas que existem no mundo. Pois dela, foi caindo sementes e nascendo outras árvores. Dessas novas árvores caíram sementes e muitas outras árvores nasceram, formaram florestas e mais florestas. E o mundo todo ficou cheio de árvores. E por isso, a nossa terra ficou fresca, conservou a umidade, começou a chover bastante, e a água nunca nos faltou. É claro, exceto o nordeste Brasileiro que o homem destruiu tudo e não plantou novas árvores.
Totó:
Nossa! Então quer dizer que essa árvore representa a vida?
Palhaço:
Ela não só representa, como é a vida.
Papagaio:
Puxa que interessante.
(entram os lenhadores)
Chefe:
É aqui mesmo, o local indicado no mapa. Por isso meu amigo, afie o machado, porque temos muitas árvores a derrubar.
Totó:
Pronto, lá vem esses humanos desumanos novamente.!


Papagaio:
Até parece que eles não tem coração.
Palhaço:
Será que eles vão expulsar a gente?
Chefe:
Eu estou sentindo cheiro de cachorros vira-lata por aqui. Será que eu vou ter que chamar a carrocinha?
Sé:
E eu estou sentindo o cheiro de um papagaio. Preciso de um para me fazer companhia.
Totó:
Ele falou em carrocinha? Esse negócio é um bom transporte. Mas para levar a gente pra morte. Eu vou voltar lá para circo. Fui. (sai)
Papagaio:
E eu também.
Palhaço:
Ei me esperem, as minhas pernas já estão bambas, e a minha fala também. Socorro. (sai quase se arrastando de medo)
Chefe:
Vamos começar cortando essa árvore bem grandona aqui. Depois partiremos para as menores.
Sé:
Logo essa daí. Ela é muito grande chefe. Vamos demorar um mês só nessa daí.
Chefe:
E daí?
Sé:
E daí, nada, claro.
Cena 05:
Pato:
Essa tal de terra é muito esquisita. É um lugar cheio de fumaças, de poluição de todos os tipos, de bandidos pelos ruas, de gente passando fome...


Et:
De governantes que não dão a mínima para as crianças. Falta escolas, remédios, vacinas, falta comida...
Pato:
Tem lugar que falta casa para eles morarem, e ficam pelas ruas perambulando.
Et:
E tudo isso é culpa dos homens que governam os países.
Pato:
A terra é esquisita mesmo, falta até combustível para a nossa nave.
Et.
Mas casca de bananas tem em todo lugar.
Pato:
Só que eu não estou encontrando.
Totó: (entra e para aos ver os dois)
Que, que, quem são vocês?
Palhaço:
Que, que, quem são vocês?
Papagaio:
Que, que, quem são vocês?
Pato:
Nós somos viajantes do tempo e espaço.
Et:
Somos de outra galáxia.
Totó:
São ets? (com medo sem voz, desmaia)
Palhaço:
Ets? (cai)
Papagaio:
Idem os dois. (desmaia)
Pato:
Que gente mais esquisita.! Precisamos ficar mais tempo na terra, para ajudar a essa gente a entender o mundo.
ET:
Eu concordo plenamente.
Pato:
Precisamos acabar com a fome e a desigualdade social que existe na terra. E fazer os humanos entender o valor da vida.
Et:
Porque será que eles caíram?
Papagaio: (levanta-se)
Só um receiozinho.
Totó: (levantando-se)
Receiozinho? Medo, muito medo. Medo puro, nada mais que medo. Medo ao quadrado, medo ao cubo.
Palhaço: (levantando-se)
Medo por demais. Tanto medo que dava para encher o maracanã, 1000 vezes 1000.
Pato:
Não sei porque vocês estão com medo de um pato cientista do universo e viajante do tempo e do espaço e um de plutão. Um plutonense autêntico.
Totó:
É verdade, porque ter medo?
Papagaio:
Eu também acho, porque ter medo?
Palhaço:
Eu concordo.
Os três:
Socorro Ets>..
Pato:
Calem a boca os três.
(os três se calam)
Et:
Estamos aqui para oferecer ajuda, não querem?
Totó:
Não, muito obrigado.

Pato:
Levamos vocês para casa.
Papagaio:
Não é preciso.
Et:
Vão de nave com muito conforto.
Palhaço:
Nós vamos na nave pezal, a pé mesmo.
Pato:
Lá dentro tem cada coisa linda!
Totó:
Bonita mesmo?
Et:
Muito lindo.
Papagaio:
Vocês juram?
Os dois:
É claro.
Palhaço:
Não estão enganando a gente?
Os dois:
Não.
Os três:
Então topamos.
Pato:
A nave está ali vamos. Só falta combustível. Umas três cascas de bananas já resolve.
Totó:
Bananas? Eu sei onde tem um caixão de bananas.
Todos:
Então vamos.
(em off)
Totó:
Eu não vou entrar nesse negócio aí não.
Palhaço:
E se cair?
Papagaio:
E se...
Pato:
Vocês querem ou não querem a ajuda?
Totó:
Nesse bagulho aí, tem matinho?
Et:
Matinho? O que é isso?
Totó:
Mictório de cachorro. Lugar de fazer cocô.
Pato:
Calma, aí temos de tudo.
Totó:
É bão mesmo. Porque se a minha barriga desandar eu tenho onde largar o produto.
Et:
Entrem logo. Já demoram demais.
Pato:
Antes de levarem ao circo, vamos conhecer um pouco o futuro de vocês.
Os três:
Não
Os dois:
Sim. (saem com a nave)
Totó:
Mais que futuro é esse?
Et:
Vocês logo verão. Estarão aqui mesmo, nesse lugar alguns anos para frente.


Cena 06:
Era uma vez um planeta chamado terra. No começo era tudo verde, árvores tinham em abundância. Água não faltava, e alimento encontrava-se em todo canto. Mas o homem, começou a transformar tudo. E toda aquela beleza e fartura aos poucos foi sendo destruída, e o mesmo homem, não plantou nem uma semente sequer, após ter derrubado árvores e mais árvores. E aquele planeta lindo chamado terra, ficou sujo, seco, feio, sem vida.
Voz:
Atenção visitantes, atenção visitantes. Sigam todos as instruções. Sigam todas as instruções.
Totó:
Que lugar é esse?
Pato:
É a terra onde vocês moram. Só que estamos no ano de 2063.
Totó:
Credo, estamos no futuro.
Et:
Exatamente 64 anos à frente.
Papagaio:
Acho que vou vomitar.
Palhaço:
Calma papagaio Tombinho, já vamos descer.
Voz:
Encostem a nave logo mais adiante. Há muito lugar aí.
Et:
Eu vou vomitar...
Pato:
Pronto, lá vamos nós, de cara pra terra.
(sons)
(entram em cena)
Totó:
Ai, acho que quebrei a minha orelha.
Palhaço:
E eu perdi a cueca. para quem encontrar estou pagando bem. (está na cabeça dele).
Papagaio:
E eu entortei o meu bico
Pato:
Eu já estou cansado disso.
Totó:
Nossa, esse lugar está muito feio mesmo. Abandonado, onde foram parar os habitantes?
Voz:
Sigam as regras, sigam as regras.
Totó:
E essa vós de onde vem?
Rato: (aparecendo numa toca)
Ela vem alto-falantes seus invasores.
Papagaio:
Ai meu Deus, acho que ele quer me comer.
Rato:
O governo mantém a ordem observando todos nós emitindo suas opiniões através das cornetas. Há mas não liguem pra ele, ele é apenas um empregado nosso, faz o que nós decidimos.
Palhaço:
Nós quem?
Pato:
Não deveria ter perguntado.
Rato:
Os insetos. Hoje quem manda na terra são os insetos. A raça humana não agüentou a seca e morreram todos.
Barata:
Vocês estão todos presos. Ordem do governador. Serão julgados por invasão e por serem os responsáveis pelo desaparecimento da raça humana na terra. Por terem destruído a grande árvore mãe, que culminou na devastação da natureza, e por conseqüência a seca, a fome, o ar poluído, etc., etc.
totó:
Nós não somos os culpados disso.

Rato:
Infelizmente são. Serão julgados e serão condenados. Jamais retornarão ao presente, ficarão no futuro para sempre.
Palhaço:
É tudo culpa sua, seu pato feio, nojento, asqueroso.
Et:
Ele não o único culpado pelos erros praticados pela humanidade.
Barata:
Sigam na minha frente e eu os levarei para a cadeia.
Totó:
Se aqui fora só existe esses bichos nojentos, imaginem na cadeia.
Cena 07:
Na cadeia:
Totó:
Eu não quero ser julgado por um crime que eu não cometi. E se formos condenados, a caravana da alegria não vai ter mais a nossa companhia.
Palhaço:
E as crianças da terra não terão mais alegria do palhaço. Ficarão tristes para sempre. Como nós estamos agora.
Papagaio:
E eu não vou mais poder contar belas piadas, e falar um pouco de bobagens que aprendo com os humanos.
Totó:
Nós temos que fazer alguma coisa.
Palhaço:
O et e o pato, não foram presos. Quem sabe eles nos ajudarão.
Totó:
Eu não acredito que saí do ano de 1999, e vim parar em 2063 e ficar preso para sempre.
Papagaio:
Tudo culpa daquele Et. E daquele pato esquisito. Eu deveria estar no meu cirquinho em paz, fazendo o meu showzinho, caindo os meus tombinhos.

Et: (pela janela)
Vamos ajudar vocês, vamos ajudar vocês.
Pato:
Se preparem para uma fuga espetacular. Hoje vamos voltar para o passado, para a época de vocês.
Totó:
Oba que legal. Eu sabia que vocês não iam decepcionar a gente. Pensei que ia morrer aqui, nesse lugar sujo e cheio de insetos fedorentos pro resto da vida.
Palhaço:
Se a gente voltar, e chegarmos vivos, vou lutar pelo nosso futuro e pelo futuro da nossa gente.
Et:
Preparem-se.
(estouro, fumaça, explosão.) Saem correndo.
Et:
Entram na nave. Já está abastecida, pronta para voar.
Cena 08:
(cruzam o palco)
Totó:
Não podemos deixar que a terra fique nesse estado no futuro.
Palhaço:
Pois é, precisamos conservar a natureza. E jamais cortar uma árvore sem plantar outra no lugar. Seria bom se plantássemos o dobro das que cortamos, para que num futuro bem próximo, tenhamos muito mais florestas do que temos hoje, e assim teremos também mais água, mais pássaros, mais vida.
Pato:
Cuidado vamos descer.
Et:
E eu vomitando.
(estouro, caem)
cena 09:
Chefe:
Ochente, mas que barulho foi esse? Parece que o mundo está acabando.
Sé:
Vamos embora daqui patrão, esse lugar está me dando medo.
Chefe:
Temos que cortar essa enorme árvore, e as outras aqui em volta para cumprirmos a tarefa.
Palhaço:
Você vai cumprir a sua tarefa atrás das grades seu assassino.
Chefe:
Chi, vocês de novo. Não espantei vocês agora mesmo.?
Totó:
Mas nós mudamos de idéia. Agora somos um batalhão em defesa da natureza.
Chefe:
Vão embora, aqui não é o lugar de vocês. Ainda tem a coragem de chamar a gente de assassinos, de onde tiraram essa idéia?
Palhaço:
De estar derrubando a árvore milenar, acabar com as outras árvores, causar um mal terrível à natureza, e causar no futuro muita fome, e sede. Como já acontece no nordeste brasileiro. Só que será na terra inteira.
Sé:
Se o patrão derrubar essas árvores, vai acontecer tudo isso?
Palhaço:
Vai. Porque ela é o símbolo de todas as árvores que existem no mundo. É a fonte de toda a riqueza que são as matas.
Chefe:
Caramba, onde fui amarrar o meu bode. Mas querem saber de uma coisa, eu não ligo para isso. Por isso vou cortar essa árvore agora mesmo.
Et:
Se encostar o machado nessa árvore, vou te levar da terra para sempre. E viverá no nosso planeta como animal de estimação.
Chefe:
Pensando bem, acho melhor ir embora. Porque será que tudo o que tento fazer dá errado?
Pato:
É porque você só faz coisas erradas.
Palhaço:
Só pensa em prejudicar a natureza.
Totó:
Não tem dó das coitadinhas, ela está até chorando, olha pra ela.
Papagaio:
E está tirando as nossas casas. Assim vai acabar os pássaros também.
Chefe:
Vamos fazer um trato. De hoje em diante, nós não derrubaremos mais árvores, e vamos ajudar a defender a natureza. E vocês não nos denunciam.
Palhaço:
Vocês prometem?
Os dois:
Prometemos.
Palhaço:
Então está bem.
Et:
Todos nós Pensando assim, e agindo assim. Com certeza essa terra será outra no futuro.
Pato:
Tudo será verde e bonito, com muita vida pra dar.
Totó:
Terá muita água para o paiaço tomar banho.
Papagaio:
Vão ter muitas árvores para os pássaros fazerem os ninhos e comerem os frutos.
Palhaço:
E muita gente pra Caravana da Alegria fazer shows.
Todos:
Oba. Viva. Viva.
Et:
Vamos ver como ficou o futuro agora. Aquele mesmo futuro que conhecemos a pouco. Que estava todo destruído porque haviam derrubado as árvores e a árvore Milenar. Só que agora o futuro está garantido, e árvore milenar continua de pé e ficará para sempre.
Todos:
Então vamos.
Narração:
E nessa manhã maravilhosa de Domingo, início de primavera do ano de 2063. A previsão do tempo é: de muitos anos para a natureza, muita chuva de bondade e carinho, e uma tempestade de boa vontade está pra chegar. Com vocês um show da natureza.

Cena final com as meninas.



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