Meu sogro, um goiano atarracado, de expressão séria e ar de "machão" não poderia imaginar que um dia fosse se ver numa situação vexaminosa. Você, leitor, não imaginaria que ele pudesse sentir medo de alguma coisa, principalmente de caráter sobrenatural.
Pois bem, certa feita assisitindo televisão, via o filme Brinquedo Assassino. Aquele do bonequinho feio e com ar de idiota que mata todo mundo e quando morre desxa sempre um reaquício de que vai voltar, (o pior é que ele volta). Pois bem, lá pelas tantas o filme termina e meu sogro acostumado com todo tipo de sujeira e coisas feias, já que ele á funcionário do SLU do Paranoá, resolve ir dormir. O velho muito sistemático cometeu um erro grave. Esquceu de ir ao banheiro antes de se recolher aos seus aposentos. As três da matina o simpático pai de família desce a escada de sua casa na quadra 13, mal humorado, resmungando e vai até o banheiro. Antes tivesse feito suas necessidades no quarto mesmo, em cima da cama.
Sua filhinha de quatro anos que na noite anterior brincara com seus bonecos na mesma sala onde o o goiano macho assistia ao filme, deixara sobre o sofá um boneco muito parecido com o do filme. Detalhe: Descendo as escadas, o sofá é a primeira coisa que se avista quando se chega a sala. Meu sogro caiu em desgraças.
Sonolento e com a bexiga cheia, o filme ainda perambulava em seu cerébro e trazia as imagens daquele maldito boneco estúpido, cometendo todo tipo de perversidade contra os moradores da pacata cidadezinha fictícia, o pobre, deu de cara com o brinquedo da filha e quase infartando subiu as escadas correndo e gritando o nome da esposa.
_ Coraci!
_ Coraci!
O susto foi geral, todos acordaram atordoados imaginando ser algum ladrão, alguém roubando a casa.
Logo se depararam com o pai se esvaindo em unira, dizendo coisas sem nexo e apontando para o baixo.
_ O sofá... o boneco... o sofá... O brinquedo do filme está no sofá da sala. Eu vi, eu vi...
Homens, machos também têm seus momentos de faniquitos.
É mole?! |