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Contos-->O SALTO FINAL -- 09/02/2003 - 00:16 (lira vargas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O SALTO FINAL

No colégio Estadual, a turma do segundo grau era formada de uma equipe dedicada ao vôlei. Em sala de aula, o professor de matemática insistia numa luta desigual em chamar a atenção da turma que conversam sobre o jogo.
Lia era a mais dedicada, morena, olhos azuis, cabelos negros, pele alva. Ao lado da carteira de sala de aula, duas irmãs, Regina e Sônia. Ambas muito tímidas e não participavam dos jogos. Admiram a Lia por sua beleza e por ser a capitã do time. Tanto falaram de Lia em casa que despertou em seu irmão também jovem o desejo de conhecer Lia.
E chegou o primeiro bilhete. Lia achou engraçado, com o jeito descontraído, respondeu sem emoção, mas gostando da idéia, embora muito assediada pelos colegas. E os bilhetes foram surgindo e despertando curiosidade em conhece-lo. E foi chegado o dia do jogo. Havia uma festa junina junto com o campeonato da cidade. A quadra cheia, na multidão Américo se confundia na multidão. Lia olhava cada rosto, ninguém se condenava, era euforia total. Lia procurou as irmãs dele, essas riram, timidamente dizendo que ele estava ali nas arquibancadas e que só apareceria no final do jogo. Foi iniciado o jogo, a torcida gritava o nome de Lia. O uniforme do time era branco, seus cabelos destacavam pelo negrume, sorriso zombateiro. A equipe esforçava-se o mais que podia, na arquibancada alguém gritou -----Lia o saltooooooooo toda multidão repetia numa só voz. Lia o Saltooo!!!!!!!. Lia olha para a platéia, dá um sorriso e aguarda a bola. Deu o salto tanto esperado pelos que já conheciam e maravilhados pelos que não conheciam. O corpo salta bem alto (câmara lenta) e atinge a bola para o adversário. Gritos de euforia, aplausos e indignação, (nesse momento estádio fica silencioso), seu corpo salta tão alto que parece ir até o alto da rede. Quando chega ao chão, dá um sorriso, tímido e zombeteiro ao mesmo tempo. Terminado o jogo, a vitória para seu time. Lia sai do vestiário com outra roupa, cabelos molhados do banho. Sorrindo pela alegria do encontro com Américo. Namorado desconhecido. Anda pela festa, a todo o momento sendo parabenizada pelos amigos. Um balão sendo preparado com o nome do colégio. Olha maravilhado aquele enorme balão, as luzes da lanterna no chão refletindo em seus cabelos. Olha sorrindo para as colegas que arrumavam as lanternas. Alguém segura seu braço, Lia vira-se, olha perplexa aquele rosto. Calados olharam-se por um tempo, em sua mente lembrando o sorriso tímido das irmãs dele, entregando o primeiro bilhete. Alguém solta uma bomba. Outra pessoa ordenou que desocupassem a área, o balão já em chamas lutava para subir, mas era agarrado por fortes cordas. No alto falante tocava uma música da Simone..."Você é real...". Ao meio daquela barulhada, Américo convidou-a para se afastarem, os dois saem sem falar nada. Américo só parou quando bem afastado da festa, perto de uma casa. Lia recobrada da situação, olha para ele. Ele de uma beleza angelical. Cabelos negros. (escolher ator com essas características). Num diálogo de admiração e carícia, Américo informa que está apaixonado, mas está comprometido com um casamento breve, com outra pessoa. A emoção envolve-os, fazem amor naquele local. Longe dali a festa, o brilho dos fogos e a voz da cantora Simone no alto falante. Ficaram adormecendo no local. O sol ilumina os corpos nus naquele jardim abandonado. Assustada, Lia pensa o que diria aos pais. Chega em casa nervosa dando desculpas de um problema na festa. A noite chega e Lia no barzinho da esquina espera ansiosa por Américo. E nada. Durante as aulas as irmãs de Américo nada comentam. Lia olha ansiosa por um bilhete, e nada. Já desistindo do grande amor, Lia retorna ao treino do vôlei. Na saída do estádio, todo conversando com entusiasmo, Américo surge na esquina. Lia assustada murmura sorrindo-Américo!
Ele explica que não pode retornar a enviar bilhetes (dá uma desculpa qualquer).
Os jogos transcorriam cada vez melhor, a Prefeitura local apoiava os jogos. Os saltos de Lia cada vez mais cobrados pelos torcedores. Num dos jogos, Lia olha para a torcida e na multidão surge o rosto de Américo, esse levanta e joga uma flor para a quadra. Lia corre para pegá-la e a torcida aplaude. (ainda treino)
Chegado o dia do jogo, Lia olha ansiosa para a torcida, não vê Américo. Alguem grita Liaaaaaaaaaa o saltooooo!!!!!!
Lia salta, as colegas ficam pasmas olhando admiradas Lia jogando a bola. Vitória do time. O locutor anuncia o astro da Lia, profetisa a fama. No vestuário a animação, mas Lia passa mal. Fica atestada uma gravidez. Na saída Américo a espera, fica sabendo do fato. Aceita e diz que se casariam. No colégio os comentários, uns contra outros a favor. Chega o final das aulas. Numa noite chuvosa Lia aguarda a ligação de Américo, o telefone silencioso. Sai sem nada dizer a familia, segue até o bairro de Américo. A chuva caindo, raios, vento, roupa molhada. Caiu na poça de água, assustada aumenta os passos até a casa de Américo. Na varanda muitas pessoas comemorando a festa de vestibular de Américo. Chega no jardim e grita por Américo. Nesse momento ele enchia o copo de cerveja da antiga namorada. Quando a vê, larga a garrafa no chão. Sai ao seu socorro. Lia desmaia e percebem uma hemorragia. Seus pais chegam à casa de Américo (haviam previsto que ela estaria lá). Lia é levada ao hospital. Américo ansioso relembra o primeiro encontro (cena repetida). Lia perde o bebê. Quando Lia retorna pede a Americo que saia de sua vida. Quando fica sozinha com sua mae, chora muito.
O tempo passa, a fama aumenta, Américo não mais aparece. Um grande jogo marcado. Na platéia os gritos de alegria. O treinador oferece joelheira a Lia. O jogo inicia (a câmera trabalha com muita luz). Brasil x México. Os jornais comentavam da atleta que deixara um grande amor em sua cidade. Américo corre o mais que pode para conseguir um lugar no estádio. O jogo começa. Após o hino Nacional um ex-atleta comenta o jogo na rádio. (Seu corpo saltando em cena de câmera lenta). A torcida eufórica. No intervalo do jogo, ao retornar à quadra Lia ouve alguém gritar da multidão. Lia olha emocionada, a locutora que já os conhecia fala por Lia, "Américo eu te amo". Jogo difícil. Quase perdendo. Equipe nervosa. Alguém grita e um coro de vozes. Lia o saltoooooooooo!!!!!!. Lia olha a torcida, acena que sim. Vem a bola, a câmera preparada. Lia dá o salto. Alto demais. Errou o cálculo. Sua cabeça agarra na rede. Permanece pendurada. A equipe corre (câmera lenta), pessoas tentando ajudá-la. São minutos fatais. Seu corpo cai pesadamente no chão. Os torcedores invadem a quadra. Gritos de socorro. Os olhos semi-abertos, na maca. Uma lágrima misturada ao suor. Na arquibancada Américo de pé, olhar ansioso, sabia que o acidente fora fatal. Alguém liga a musica para controlar a multidão. “... de repente você revelou, sua cor de rosa... você é real" (Simone). Lia morrera. Américo caminha contra a multidão. Sai do estádio. Lá fora o vazio da rua. Chora como um menino. A música em sua mente, ele cantarolando a música. Américo olha pro céu. A estrela azul, Américo visualiza Lia subindo para o céu e se transformando numa grande estrela.


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