Gelio Fregapani - coronel do Exército
Em sua incansável campanha contra os grandes projetos de infraestrutura física no País, com ênfase na usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, o Instituto Socioambiental (ISA) disparou uma nova salva contra o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), financiador de muitos dos empreendimentos que estão na mira do aparato ambientalista-indigenista internacional.
Em novembro do ano passado, o ISA apresentou uma denúncia à Controladoria-Geral da União (CGU), afirmando que o banco estava descumprindo a Lei de Acesso à Informação, recusando-se a liberar os dados de relatórios ambientais do financiamento de Belo Monte, além de informações referentes às obrigações socioambientais assumidas pelo consórcio Norte Energia, detentor da concessão da usina. Segundo a ONG, o banco teria recusado o pedido feito em setembro, alegando que parte dos dados solicitados estaria protegida por sigilo bancário. No entanto, a CGU acatou o recurso, com o entendimento de que as informações eram de interesse público.
ISA, 24/11/2014, http://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/bndes-descumpre-decisao-da-controladoria-da-uniao-e-nega-acesso-a-dados-sobre-belo-monte
O assunto voltou à baila em uma série de reportagens do jornal O Globo sobre o cumprimento da Lei de Acesso à Informação, sendo tratado na edição de 11 de maio, com o título “CGU investiga BNDES por se recusar a fornecer documento”. A reportagem informa que o banco já teria atendido ao pleito, em uma nota técnica fornecendo ao ISA todas as informações que considerou que não estariam protegidas por sigilo bancário. A CGU ainda não deu a decisão a respeito do atendimento por parte do BNDES”. No entanto, a CGU esclareceu que enviou o caso à Corregedoria, pois nem todos os documentos solicitados teriam sido entregues ao ISA.
http://oglobo.globo.com/brasil/cgu-investiga-bndes-por-se-recusar-fornecer-documento-16115597
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Considerando o avanço da construção da usina, a despeito dos atrasos decorrentes do fustigamento permanente do aparato ambientalista-indigenista, com uma sequência de ações judiciais, invasões e ações ostensivas de sabotagem nos canteiros de obras, a continuação da investida contra Belo Monte sugere a frustração do ISA com a impossibilidade de bloquear o empreendimento, eleito como o alvo principal da campanha contra a infraestrutura nacional, iniciada no final da década de 1980.
De fato, Belo Monte é um caso exemplar dos prejuízos acarretados ao País por esse insidioso aparato internacional, que, disfarçando-a com as causas aparentemente nobres da proteção ambiental e dos povos indígenas, tem praticado uma autêntica “guerra de quarta geração” contra o desenvolvimento do Brasil, em prol da agenda dos seus mentores do Establishment oligárquico anglo-americano.
O próprio ISA é uma criação direta do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), entidade que, apesar do nome, tem muito pouco a ver com a promoção de um autêntico ecumenismo e muito mais com a agenda hegemônica anglo-americana. Presentes no País desde a década de 1950, as redes do CMI têm participado ativamente de numerosas ações de cunho ostensivamente ideológico e extremista contra o Estado brasileiro, inclusive, antes do regime de 1964. Nas últimas décadas, tais ações passaram a incluir a instrumentalização das causas indígenas e ambientais, o movimento dos quilombolas e as campanhas de desarmamento civil, que atendem perfeitamente à intenção de criar divisões artificiais na sociedade, que em nada atendem aos interesses maiores da nação brasileira.
O ISA foi criado em 1994, a partir de uma subdivisão do Conselho Ecumênico de Documentação e Informação (CEDI), organização diretamente vinculada ao CMI. Na década de 1980, o CEDI, juntamente com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) e as ONGs estadunidenses Natural Resources Defense Council (NRDC), Environmental Defense Fund (EDF) e National Wildlife Federation (NWF), inaugurou a ofensiva ambientalista-indigenista contra o Brasil, com uma bem sucedida campanha junto ao Banco Mundial para a suspensão dos empréstimos ao Brasil para projetos de desenvolvimento na Região Amazônica.
Na fundação do ISA, participaram representantes de todas essas ONGs. (*)
A lista dos parceiros (financiadores) internacionais do ISA é uma representação emblemática da estrutura daquele aparato internacional. Entre outros, destacam-se: ICCO (Interchurch Organization for Development Cooperation); NCA (Norwegian Church Aid); RFN (Rainforest Foundation Norway); Embaixada da Noruega; Fundação Ford; Mott Foundation; Gordon & Betty Moore Foundation; EDF (Environmental Defense Fund); Fundación Avina.
Em 2013, o ISA recebeu do exterior o equivalente a R$ 15,8 milhões, o que correspondeu a dois terços da sua receita naquele ano.
Por ironia, a ONG também recebeu recursos do Fundo Amazônia do BNDES.
Em algum momento no futuro próximo, o governo brasileiro precisará assumir uma posição semelhante à da Federação Russa, que passou a considerar as ONGs que atuam no país e recebem recursos do exterior a se registrar como agentes estrangeiros e a prestar contas deles, além de restringir as suas atividades internas.
(*) Um dos fundadores do ISA : João Paulo Ribeiro Capobianco, Secretário Nacional de Biodiversidade e Florestas e Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente (2003 a 2008), quando exerceu, entre outras, as funções de coordenador do Grupo de Trabalho Interministerial de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, presidente do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético e da Comissão Brasileira de Florestas, vice-presidente do Conselho Nacional do Meio Ambiente e presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -
Como sabemos há brasileiros e brasileiros...