Sob o céu sabor morango e estrelas de chocolate
O poeta, infindável criador, deitou-se a descansar
Passava por ali um homem que nunca soube amar
E pôs toda a bela criação do poeta criado em debate
- Pra que tantos versos? Quantos absurdos criaste!
Céu doce não existe, meu caro, o céu não tem sabor!
Estes teus versos sandeus são, na verdade, uns trastes,
Sandices de alguém que - louco - convenceu-se do amor
O poeta espreguiçou-se do seu repouso merecido
Deu ao homem uma maçã das macieiras concretas
E disse - Pode comer! Não há ao poeta nada proibido
O homem, cético e faminto, comeu. Tocaram trombetas,
Então, e este homem que nunca amou fora logo admitido,
Pois agora cria na vida do verso, no céu róseo dos poetas
Francisco Libânio
30/01/03
11:09 AM |