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Poesias-->Um Carnaval Triste -- 06/05/2003 - 15:48 (Luiz Fernando Aventureiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um carnaval triste



Na cadência do samba de roda

Invento um verso triste

A rima vem, e a dor também.



No giro da baiana

Tentava achar alguma paz no multicolorido

E eu, sozinho em casa vendo o desfile na TV.

É só um carnaval triste.



Teus olhos brilham opacos no céu

Multi estrelado de lua nova

Nas noites escuras de lua noite

Na melancolia das lâmpadas de mercúrio

- a falsa nostalgia das luzes amareladas

É só um carnaval triste.



Vou encher a cara na terça-feira,

E acordar com uma puta dor de cabeça na quarta-feira

Apenas com os vultos da felicidade

Impregnados na minha retina

Nos meus olhos distantes e fixos

Na borboleta preta e laranja no girassol mexicano

Ah... Como dói a ressaca!!

Ah... Com é triste perder um amor!!



E o gosto dos seus beijos que não senti

Engoli a seco. Como a tequila...

E a certeza que jamais sairei de novo nesse bloco

O bloco das esperanças, da felicidade plena, do amor de verdade..

Por que isso tudo só dura o tempo de um porre?



No próximo carnaval

Irei me fantasiar de diabo

E viver luxúrias desvairadas

E depois nem lembrar do nome dela.

Acordar morto na quarta-feira de cinzas

Com o gosto de beijos insanos na boca

Uma boa lembrança

Não uma má lembrança

A mais triste tristeza

A redundância é terrível

De um amor que se achava recíproco

- pois só assim seria amor

Não durar um carnaval.

The Adventure



Lembra daquela música?

"Nada é fácil, nada é certo" 1?

Por isso eu te quero.

Para poder lutar por você

Para poder resistir a tudo,

Para ser digno de sentir algo redentor

E apenas reservado aos fortes

Mas você não me quer mais

E sempre lhe amarei

Eu só queria ser constante

E tentar ser sincero.

Se menti, foi para lhe ter perto

Aproximar-se vagarosamente de uma borboleta

Sem assustá-la e ela fugir de mim.

Uma das armas em uma batalha

Haja viso o objetivo da guerra...

Ter seus olhos frente aos meus olhos

Seus lindos olhos iluminados pela luz vermelha

de um pôr-do-sol.

E a certeza de um amor supremo

"Revel à condição de carne e alma" 2.



Mas você não quis entender

E quis me deixar, não sem antes me machucar, me humilhar

Na podre desculpa do "Melhor Assim..."

Não é melhor assim.

Simplesmente dizer que a culpa foi minha

E dizer que não me quer mais

Você disse que lutaria...

Mas não parece mais a minha guerreira

Prefere o prático, o fácil.

Mas nada é fácil, lembra?

Contente-se com o pouco

Mas eu quero mais

Mas eu quero tudo

Mas eu quero você

Não...

Não quero mais você

Você não é tudo

Você é vazia

Você não teve pena

Não levou o que eu sinto em consideração

Você prefere o fácil

E nada é fácil

Você prefere o nada

E eu quero tudo

E não quero mais você



1 Op. Cit - Legião Urbana ( Dado Villa-Lobos, Renato Russo, Marcelo Bonfá ), L AVVENTURA in Tempestade ou Livro dos Dias, Rio de Janeiro, 1994, EMI.

2 Op. Cit - ANDADE, Carlos Drummond de, ASPIRAÇÂO in Antologia Poética, pág 25, Rio de Janeiro, 1956, Editora Ática

Alguns trechos são baseados também na música L AVVENTURA da banda legião Urbana

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