Mãe
És a imagem perfeita
que a visão do filho iluminou.
És a beleza da luz
que no coração irradiou.
És manto para o momento a cor,
se branco na tormenta,
escarlate no vigor.
Não importa a que precisão for
estás pronta com a ação do amor.
Tuas vestes é de fibra, a razão.
És conselho amparador,
na conciliação da queixa
com o perdão o valor.
Gritar seu nome em euforia seria pouco,
diante das sonoras ondas de súplicas,
que noites após noites clamas a meu favor.
Quando dos meus olhos lágrimas correm,
por infortuneis me perseguirem,
seu olhar tão terno me acolhe
secando-me a face com seu beijo ode.
Como esquecer-me desses seus gestos,
carinho e proteção, devotados de forma ímpar,
tamanho do seu coração.
No calor das suas mãos,
as minhas não tremem.
Estão seguras, aderentes,
no seu amparo combatente.
Fecundar vidas ou adotá-las,
é sublime a sua missão.
Acolher, é seu lema com dedicação.
Doar sua vida sem reservas,
é sua divisa terna.
Mãe vida minha, vibra a alma,
canta o sorriso, grita o coração.
A pronúncia embarga com a emoção,
ao som do seu nome.
MÃE, és a minha canção.
Amar-te é tudo que quero.
Deixe agora eu repousar na sua face,
a palavra gratidão, escrita num beijo,
e aos céus elevar o meu louvor
por merecer esse privilégio de ser sua filha
que lhe venera com muito amor.
Jair Martins - 05/05/03 19:00h
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