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cronicas-->A Pasta da Joice -- 01/11/2002 - 21:50 (Tiago Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Pasta da Joice (Tiago Xavier - 17/09/2002)

Seu nome é Joice. Não o nome da pasta, o nome da garota. A dona da pasta. Joice tomara o ónibus rumo a faculdade e naquele horário o lotação fazia juz ao nome. Estava realmente entupido de gente. Sardinhas gozavam mais espaço em suas latas. Não havia lugar para se sentar. Foi quando uma moça se ofereceu para carregar a pasta que continha alguns dos textos necessários a sua formação acadêmica. Cansada, Joice aceitou.
Chegando ao seu ponto, Joice saltou e esqueceu a pasta com a tal moça. Foi se dar conta do acontecido depois da primeira aula. A única pista para ter em mãos sua pasta perdida era a bolsa que a boa samaritana ostentava. Uma bolsa com letras garrafais bordadas em verde: "PEDAGOGIA".
Joice resolveu procurar a moça. Para isso chamou a Mayrana. Também fui solicitado para desenpenhar tal tarefa. Somos do curso de história, e futuros professores devem ajudar uns aos outros. Temos de nos acostumar a isso desde muito cedo, pois nosso salário é quem vai exigir. Fomos ao CECA (Centro de Educação, Comunicação e Artes), onde os futuros pedagogos se instalam.
Eu sabia exatamente onde ficavam as salas dos calouros, mas não sabia onde os veteranos tinham aulas. Tivemos de ir ao departamento de pedagogia da faculdade, onde uma mulher simpática, baixinha e feia nos atendeu. Ela nos ouviu atentamente e passou os números das salas com muito carinho. Sinto até remorso de dizer isso, mas ela era muito feia. Ela era horrível. Fiquei duas noites sem dormir, tendo pesadelos, mas isso não vem ao caso.
E lá fomos nós na impossível tarefa de achar a pasta da Joice. Digo impossível porque não achamos e tenho quase certeza de que nunca acharemos. Enquanto a Joice olhava de sala em sala para ver se achava uma moça de cabelos curtinhos, segundo descrições da vítima (eu sempre quis usar este termo, mas não sou um cronista policial, então devo me conter), Mayrana falava ao celular e seguia um sujeito desconhecido, que ela jurava ser eu, mas eu ainda não tenho esse poder de multiplicação. Sou muito agradecido por minha reprodução ser ainda sexuada. Existem dois tipos de reprodução: a reprodução "com-graça" e a "sem-graça", mas isso também não vem ao caso. É assunto pra outra crónica.
A Mayrana depois viu duas garotas, uma delas com uma bolsa escrito em caixa alta:"LETRAS". Perguntou para a garota da bolsa se não conhecia uma moça de cabelo curtinho que teria ficado com a pasta da Joice. Nós tentamos avisar que a moça era do curso de pedagogia e não de letras. Mas já era tarde. A mayrana não escapou do mico.
Mas Joice perde tudo mesmo. Aquele velho ditado "só não perde a cabeça por estar grudada no pescoço", não funciona com ela, pois quando fica furiosa, ela perde mais do que a cabeça.
Um dia desses, na biblioteca da faculdade, ela deixou sua bolsa no armário, trancou com cadeado e foi fazer umas pesquisas. Quando voltou, ficou estarrecida quando viu o armário aberto e vazio. Armou o maior puteiro na biblioteca, alegando ter sido assaltada. Depois de toda a população universitária ter sido mobilizada, notou que seu armário estava intacto ao lado do armário que ela jurava ser o arrombado. Ficou vermelha, rosa, azul, preto com bolinhas brancas (A cor do vestido da professora Elza, que leciona História Medieval) O arco-íris tem menos possibilidade de cores se comparado a vergonha de Joice. Depois disso, a única saida era, literalmente, sair de fininho... .



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