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Contos-->PENSÃO PRAZER -- 09/02/2003 - 00:44 (lira vargas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

PENSÃO PRAZER

Em Vassouras, na única pensão, que servia a moradores e a poucos turistas que por ali passavam. Leo gerenciava com muita dedicação.
Marga e Lino, ambos viviam de dar golpes, escolherem aquela, para conseguirem estadia por algum tempo, com fome e cansados, planejaram o golpe. Leonardo Calçado era homossexual, um cara agitado, sempre muito irritado e debochado, e muito sonhador. O casal descobriu a sua naturalidade, era de Minas, Com esses dados fizeram a jogada, disseram que sua tia avó, Bernadete Calçado, havia morrido e deixado algumas jóias para ele, pois sabia que ele era merecedor dessa herança por ter saído muito novinho de casa pra tentar a vida. Leo deu um show de alegria, ficou agitado, nervoso pela emoção. Nesse instante, entrou a camareira para reclamar de uma lâmpada queimada, Leo gritou e esperneou, mandando a camareira sair, pois estava muito ocupado. Nisso se agitava e debochava do dono da pensão, que estava ausente. Leo dizia que ia dar uma banana para o patrão, fazendo gestos obscenas. Marga e Lino sentindo-se íntimos foi logo pedindo um quarto e refeição. Leo nem se quer perguntou a quantidade exata das jóias, dizia de seus planos, iria para o Rio de Janeiro montar uma casa de show, colocava as mãos na lateral do rosto, olhava para cima, dando gritos de emoção.
No quarto Marga e Lino transam rindo do novo golpe. A camareira bate a porta perguntando se precisavam de algo, pois Leo deu ordem que não faltasse nada para o casal.
A essas alturas, todos na pensão já sabiam da herança de Leo. Um estudante de medicina, que lá morava, Alex, rapaz revolucionário, discutia mais política do que medicina, daqueles comentários sobre a herança, nada falava, ficava na dele, meio interessado e desconfiado. Na hora do café, à tarde, todos desceram, era sábado, desceu também Seu Machado, solteirão, muito elegante, nos seu traje cafona, terno de Lino, sapatos brancos e sinto preto, cabelos penteados com brilhantina. Era o tipo do homem dos anos trinta, conservador até no tratamento para com as pessoas.
O outro hospede eram insignificantes, não se familiarizavam com o restante.
O café estava na mesa, e o comentário era geral, Leo muito simpático depois da noticia da herança, já não brigava com a camareira. Ficou ainda mais delicado. Quando estava terminando o café, o dono da pensão chegou. Seu Daniel, Era um sujeito ambicioso, antipático. Fingia-se de simpático, ficou muito curioso e, discretamente, foi pegando o comentário que era assunto que não parava. Leo fazia planos de ajudar a única camareira que já vivia assustada com seus gritos. Leo prometia ajudar a cozinheira, uma solteirona sonhadora Lizabete, e fazia questão de.




Dizer que não era Elizabete e sim Lisabete, sonhava com a cidade grande. A essas alturas marga e Lino, faziam parte da encenação com muito entusiasmo, animando ainda mais o Leo. O seu Daniel já fazendo planos de aumentar a pensão com o dinheiro da herança de Leo.
Ao terminarem o café, o Seu Daniel chamou Lisabete para seus aposentos e falou de seus planos, prometendo inclui-la neles, com jóia e boa vida. Ela desmanchou-se em seus braços, agora teria finalmente teria grana para sair dali e ira para a cidade grande. Quando estava sozinha armou um plano, se Daniel morresse ela ficaria com seu dinheiro. No quarto de estudos, Alex também fazia seus planos, pegaria o dinheiro de Leo, montaria seu consultório em outra cidade. O seu Machado, deixou nascer em seus pensamentos à idéia da morte de Leo para ficar com o dinheiro e montar um curso de musica, era um exímio tocador de violino. A camareira Nair também sonhou em fugir com o dinheiro e montar um belo hotel de grande categoria em outra cidade.
À noite, quando todos dormiam, ouviram alguém bater na porta da rua. Leo e todos os hospedes não conseguiam dormir por conta de seus planos e sonhos, foram atender a porta, todos de roupa de dormir. Demonstrava expressão de animação sem o menor aspecto de sono. Ao atender a porta, surgiu um homem tipo comum, mas com aspecto muito cansado. Leo todo gentil ofereceu o melhor quarto ao novo hospede. Era a essa altura, mais que um sonhador, era um cavalheiro.
De madrugada, Lisabete foi acordada por Seu Machado, ambos planejavam um golpe.
Marga e Lino na cama riam de todos, Lino que era mais audacioso, planejou ficar mais uns dias e depois darem o golpe em outra pensão. Falava em roubar jóias e dinheiro dos hospedes e da caixa da pensão.
Alex, que sempre evitava intimidades com leo, naquela noite foi até seu quarto para conversar banalidades. A camareira Nair, já de pijamas foi ao quarto de Daniel para verificar se esse dormia. Ao chegar perto, ouviu murmúrios dos dois que se levantavam da cama rindo. O Seu machado também já estava indo para o quarto de Leo. Enfim, toas às pessoas da pensão se encontraram no mesmo corredor do quarto de Leo. Rindo desajeitados, todos se desculpavam dizendo que foram ver se Leo estava bem, pois ele precisava de proteção.
Na manhã seguinte, todos cansados, se serviram do café sem muito apetite. Marga e Lino falaram que iria aos correios apanhar a encomenda de Leo.
Foram as cidades mais próximas e apanharam a sacola que deixaram propositalmente, na seção de embrulhos na rodoviária. Era seu meio de vida, tinham colares imitando pedras preciosas, anéis, broches, jarras de cristais, tudo imitação.


Voltaram a pensão como pacote. Foi um dia de agitação, Leo já não queria ser mais empregado, exigiu o melhor quarto. Então o seu Daniel, todo generoso, deu as chaves do quarto.
O dia foi passando, todos ansiavam a noite. O novo hospede, que chegara a noite anterior, ficava calado sem entender bem do que se tratava, olhava para todos na esperança de alguém relatar ao certo o que acontecia, mas ninguém se abria.
De madrugada, Alex já preparado para ir ao quarto de Leo, que ficava no andar de cima de frente para rua, fez seus planos, mataria Leo com um punhal.
Todos se preparavam para matar Leo, todos muito sinistramente, armaram-se com facas e canivetes. Lisabete tinha duas facas, uma deixaria no corpo de Leo e a outra no corpo de Daniel. Mas esses planos eram secretos, ninguém falara nada pra ninguém.
Leo em seu quarto, deliciava-se com as jóias. Deitado, seminu cobria-se das jóias, quase em estado de êxtase.
Marga e Lino planejaram ir aos quartos dos hospedes para roubar suas economias e seguirem viagem. Foram no quarto de Machado, apanharam o que puderam, foram em todos os quartos, e estranharam que todos estavam vazios, comentaram daquele mistério.
Nesse momento, Leo estava empolgado, sentiu um frio estranho, começou a sentir uma dor no peito, cobriu-se, a dor aumentou, rolou na cama, o lençol amaranhou-se em seu rosto, a dor aumentou, já agüentava mais e não conseguiu gritar, sofreu um enfarto e morreu.
Machado entrou e viu Leo coberto, chamou-o baixinho, ele não respondeu, viu que seus olhos estavam arregalados, teve medo e saiu assustado, voltou e viu que as jóias estavam espalhadas pelo chão, apanhou apenas um colar e saiu apressado pela varanda que circundava a pensão. E todos que planejaram conseguiram pegar apenas uma peça, pois ouviam alguém subir as escadas.
Na manhã seguinte, quando alguém anunciou a morte de Leo, todos encenaram falso choro.
A policia chegou e depois da autopsia, informou que Leo morrera de enfarto.
No café, o estranho que chegara na noite anterior a morte de Leo, chegou na mesa de Seu Machado, que lamentava o roubo de seu relógio de ouro e do violino de estimação, era notável que não estava muito chateado, pois havia roubado de Leo um anel e um colar, e pensava que estava rico com aquelas jóias. O estranho aproximou-se e falou bem baixinho que precisava falar com ele. Foi até seu quarto e fez uma chantagem, dizendo que entregasse as jóias, ou ele contaria a policia que o viu entrar no quarto de Leo, com um punhal e no susto Leo morreu do coração. Machado nervoso entregou todas as jóias. O estranho fez essa chantagem com todos que tinham um pouco das jóias de Leo.


Marga e Lino já tinham fugido. Anoiteceu, o estranho dormiu agasalhado. Aluz do quarto estava apagada, apenas uma fresta de luz do poste da rua, dava uma pequena claridade. Alguém entrou, enfiou um punhal em seu peito, ele deu um pequeno gemido, e a pessoa foi até sua mochila e abriu para pegar as jóias, mas ouviu alguém no corredor, abriu a janela e passou pela varanda. E assim, sucedeu durante a noite, todos que sofreram a chantagem, voltaram para pegar suas jóias e apunhalavam o estranho.
Na manha seguinte um detetive que viera de outra cidade, chegou na pensão à procura de Marga e Lino que estavam sendo procurados, pois davam sucessivos golpes de jóias, ou se hospedavam de graça pagando com jóias falsas ou as vendiam nas cidades de pessoas simples. Todos se olharam assustados, tinham em seus poderes as jóias falsas, e um homem estava morto por facadas e punhaladas.
Ninguém falava no estranho, pois o apunhalaram, apanharam as jóias na mesma condição que com o Leo, só deu tempo de apanhar de uma a uma, todos o mataram sem saber que seu corpo estava com várias facas e punhais, pois o cobertor escuro não permitiu virem os outros punhais.
Uma camareira entra gritando sobre o estranho, o detetive sobe no quarto e percebe as faz e punhais em seu corpo, liga para a policia e no telefone dá uma risada, informando que com uma cajadada, matara dois coelhos, pois aquele homem era um criminoso procurado pela policia, mesmo assim todos foram intimados, mas na delegacia nada falaram o que acontecera, ninguém acusava ninguém.
Lira Vargas.






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