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Poesias-->Eu vi -- 09/05/2003 - 17:05 (Renato de Brito) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando eu parei para olhar, não pude acreditar.

A vida em câmera lenta, uma cidade desatenta.

Na vitrine, minha imagem refletida era nada.

Ao mundo, um alento inútil, ao extremo fútil.

Gostaria de transcender, ao menos entender.

Não, não era loucura.; era poesia.

Somente árvores notaram.

Só as mais atentas ousaram.; delataram.

O momento surdo em que alcei vôo.

Abandonando o corpo na calçada

Ninguém viu minha alma penada.

Somente algumas árvores sussurravam

dizendo a Deus (que soprava o vento)

Um humano acordou do tempo!

Saiu voando pelo céu cinzento.

Que protestava contra o movimento

Das pessoas desatentas ao firmamento

Cada qual com sua pressa, seu atraso estéril

rodando no mar de asfalto com seus barcos de metal

Vi um amor se rompendo num sobressalto

Pelas ondas de rádio de um celular

Que esconde covardemente um tenro olhar

Ora, mas que cidade desatenta

Pude notar em meu vôo manso

Carteiras grandes, diálogos curtos

A raiva inútil, risos recalcados

Um artista na praça por poucas moedas

Autoridades armadas, pessoas famintas

As salas lotadas, tv´s ligadas, gente hipnotizada

Vi pombos satisfeitos, brigando por migalhas

Velhos conformados, dividindo suas migalhas

A pobreza analfabeta, ignorando os cartazes de paz.

Vi a bomba em Hiroshima, ecoando cartas com antraz.

E subi além céu alado, calado, estupefato

Do alto, não vi as fronteiras como nos mapas

Vi a Muralha da China na real proporção

Arquitetura sinuosa, discreta na vastidão

Notei a toada serena do Tempo que nos consumia

Fugindo do relógio pelo contorno leviano do retorno

de seus ponteiros burros, às horas que não se repetem

Retornei do vôo, retomei minha caminhada.

Caminhando, olho ao lado e vejo Deus, chamando-nos a atenção.

com seus anjos, seu messias, seus raios e trovoadas.

E sigo pela estrada.



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