Banho de Carícias
Presa, encolhida na saudade
Permito a lembrança banhar-me
Com imagens inesquecíveis
Em águas tépidas, o sabonete do querer
Lentamente dissolve-se, perfumando
Acariciando minha pele outra vez
Lábios percorrem gotículas de ensejo
Secando sem pressa a timidez
Véus de seda ao corpo, tuas mãos
Mas ainda nua, deserta de teus beijos,
Meu ventre ensaia o encontro
Repassando cenas, melodias de volúpia
Aguardo-te na cama dos sonhos
Espero-te, boca silente
Para nos lençóis da fantasia
Vestir-me de realidade
Novamente arrepios...
© Amanda Preissler
Em 11.09.00
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