Muitos pacientes estão comprando antibióticos, esteroides e medicamentos tópicos em pet shops.
Hospitais também sofrem com a falta de insumos para exames e cirurgias
Farmácia com as prateleiras vazias em Caracas, na Venezuela(Reprodução/Twitter/VEJA.com)
Além da escassez de alimentos e produtos básicos, os venezuelanos também enfrentam dificuldades
pela falta de remédios nas prateleiras das farmácias e em hospitais. Segundo cálculos da Federação
Farmacêutica da Venezuela, o país sofre de 70% de escassez de remédios. Para driblar a carência,
pacientes estão recorrendo a medicamentos veterinários que possuem os mesmos princípios ativos
que os remédios para seres humanos.
Kevin Blanco se declara humilhado por ter de aceitar tomar remédio veterinário após um transplante de rim.
A Prednisona e o Cellcept - imunossupressores que evitam a rejeição de órgãos transplantados - desapareceram
das farmácias públicas e privadas. Isso colocou em uma situação crítica centenas de pacientes que não podem
suspender a medicação um dia sequer, sob o risco de perder o órgão transplantado pelo qual esperaram por anos.
"Quando a prednisona humana acabou, todo mundo começou a procurar a canina", afirma o presidente
da Federação Farmacêutica, Freddy Ceballos.